Opinião
A importância da diversidade de género num contexto ESG
As empresas públicas e privadas enfrentam uma pressão crescente de investidores e consumidores para melhorar a diversidade de género na gestão de topo e há uma maior consciência da necessidade de abordar e integrar os critérios de sustentabilidade ESG (Environmental, Social and Corporate Governance) sobre questões ambientais, sociais e de governance nas estratégias das empresas.
Os critérios ESG são uma preocupação dos gestores atuais que vai ao encontro da tendência do mercado que revela que os consumidores optam, cada vez mais, por produtos e serviços com impacto positivo no meio ambiente e na sociedade. O alinhamento das empresas aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável definidos pela ONU é já um critério de investimento para investidores, que preferem investir em empresas socialmente responsáveis, sustentáveis e rentáveis, já que consideram que este tipo de empresa está mais preparada para enfrentar riscos sociais, ambientais e económicos e gerar valor para os acionistas a longo prazo.
E um dos critérios de sustentabilidade ESG com maior impacto na gestão das empresas é a diversidade de género onde a representação das mulheres em Boards, cargos executivos e de liderança assume particular relevo e importância.
Vários estudos de consultoras internacionais apontam exatamente para o facto de empresas com mulheres CFO’s serem mais lucrativas, bem como as empresas com uma elevada diversidade de género nos seus Boards serem, igualmente, mais rentáveis. Estes estudos concluem que a diversidade de género traz vantagens financeiras para as empresas e desempenha um papel fundamental nas suas estratégias e desempenho corporativos.
Equipas diversificadas e inclusivas, seja ao nível de género, background ou etnia, são benéficas para os colaboradores, clientes e parceiros e para a performance das empresas, pois uma maior variedade de competências e perspetivas aumenta também a sua capacidade de inovação.
As empresas que queiram prosperar no futuro devem adaptar-se e adotar os critérios ESG, incluindo-os, cada vez mais, na sua cultura e estratégia corporativa para consolidarem a sua posição no mercado como empresas com práticas sustentáveis e que geram um impacto positivo na sociedade.
À medida que os benefícios da liderança com diversidade de género se tornam incontornáveis e desejáveis, é importante que as empresas avaliem a diversidade de género entre outros fatores ESG, que no seu conjunto funcionam como uma métrica que avalia o desempenho das empresas e permitem verificar se são sustentáveis financeiramente e conscientes a nível social e ambiental.
Neste contexto, a VdA Academia realiza a 5.ª e 6.ª edições* do Programa Executivo Women on Boards, o qual pretende contribuir para o cumprimento dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) em especial para o ODS 5: Igualdade de Género.
O Programa Executivo Women on Boards visa preparar quadros femininos de empresas do setor privado, do setor público e da Administração Pública com potencial para integrarem órgãos de administração e de fiscalização, ou que pertençam já a estes órgãos e pretendam desenvolver competências, num contexto de Fit-and-Proper.
*8, 9, 10, 23 e 24 de setembro | 5.ª EDIÇÃO
*12, 13, 14, 28 e 29 outubro | 6.ª EDIÇÃO
Mais informações em womenonboards@vda.pt