Singapura procura coinvestidores para start-ups deep tech

A Seeds Capital, da Enterprise Singapore, quer ter 10 a 15 “parceiros do setor privado” para coinvestir cerca de 112 milhões de dólares em start-ups de deep tech.

Singapura está à procura de coinvestidores do setor privado com o objetivo de aplicar até 112 milhões de dólares na sua comunidade de start-ups de deep tech em estágio inicial. A cidade-Estado, que espera identificar entre 10 a 15 parceiros, tem como alvo start-ups em três setores-chave, incluindo saúde e ciências biomédicas.

A iniciativa, liderada pela Seeds Capital – braço de investimento da incubadora Enterprise Singapore, vai utilizar capital do Startup SG Equity, com o qual o Estado pode apostar em fundos ou trabalhar com investidores qualificados para realizar coinvestimentos diretos em start-ups elegíveis.

A Seeds declara em comunicado que, com esta nova procura por parcerias, pretende atualizar e diversificar o atual grupo de 30 parceiros de coinvestimento em três setores de deep tech, incluindo produção avançada e engenharia, bem como soluções urbanas e sustentabilidade. Estes segmentos de mercado estão alinhados com os RIE2020 – Research, Innovation and Enterprise 2020 Technology Domains, que visam impulsionar as capacidades de research de Singapura e apoiar o crescimento económico em áreas-chave como a saúde digital, tecnologia agroalimentar, mobilidade urbana, logística e cadeias de fornecimento que surgiram devido à Covid-19.

A Seeds irá trabalhar com os novos parceiros para coinvestir até 112 milhões de dólares em start-ups de deep tech em estágio inicial nos próximos cinco a oito anos.

O presidente da Seeds e vice CEO da Enterprise Singapore, Ted Tan, citado pela ZDNet, afirmou que “as nossas indústrias estão a avançar nos esforços de digitalização e de inovação, não só para superar os impactos da Covid-19, mas também para preparar o caminho para uma nova economia”. Através do coinvestimento com estes parceiros do setor privado, Ted Tan espera fornecer a orientação e os recursos apropriados “para que as start-ups de deep tech tenham sucesso no desenvolvimento de novas e disruptivas tecnologias que possam ajudar as nossas empresas a se fortalecerem”.

Podem inscrever-se para ser parceiras entidades privadas locais e do exterior, sob condição de terem presença em Singapura.

Além de identificar e coinvestir nas start-ups, os parceiros do setor privado também devem fornecer apoio prático e de mentoria, bem como ligações a potenciais clientes através das suas networks, com o objetivo de ajudar as start-ups em estágio inicial a acelerar o percurso para a comercialização.

Entre os critérios utilizados pela Seeds para avaliar potenciais coinvestidores estão o acesso a financiamento, com fundos para implementação até ao segundo trimestre de 2021, e a capacidade de fazer investimentos diretos nas start-ups com due diligence e estruturas de investimento estabelecidas.

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