Robôs que cozinham hambúrgueres e fritam batatas: é este o futuro dos restaurantes de fast-food

A robotização está cada vez mais presente no mundo da restauração. Nos EUA, a lendária hamburgueria norte-americana White Castle conta com a ajuda do Flippy 2, desenvolvido pela empresa de tecnologia Miso Robotics, em 350 dos seus restaurantes. Mas não é a única.

Flippy controla a grelha ao milímetro. Usando um sensor de temperatura, sabe quando a carne está pronta a ser servida. Com a ajuda de uma espátula na ponta do braço robótico, segura nos hambúrgueres para os colocar na chapa da grelha. Quando a comida estiver pronta, coloca-a na bandeja e um ajudante de cozinha adiciona os restantes ingredientes. O cliente nem percebe a diferença.

Este robô de cozinha industrial não só cozinha hambúrgueres, mas também frita batatas e até limpa a chapa da grelha depois de terminar.

Embora possa parecer uma imagem a anos-luz de se generalizar, existem várias redes de restaurantes de fast-food nos EUA que usam robôs há anos como o Flippy nas suas cozinhas.

O exemplo mais recente é a mítica e centenária rede de hambúrgueres White Castle, que desde 2020 tem vindo a integrar robôs nos seus restaurantes, graças à Miso Robotics, empresa que está por trás da tecnologia Flippy.

Na semana passada, a White Castle anunciou que irá integrar 100 novos robôs nos seus restaurantes, com o objetivo de melhorar a produtividade e eficiência das suas cozinhas. A empresa pretende libertar uma parte dos seus colaboradores de algumas das suas tarefas, para que se possam concentrar em “criar momentos memoráveis ​​para os seus clientes”, escreve o Business insider..

Além disso, com o investimento nestes robôs, que custam cerca de 3.000 dólares por mês (2.600 euros), a White Castle irá reduzir os custos com pessoal.

O modelo Flippy 2 da Miso Robotics, uma versão melhorada do Flippy desenvolvido em 2019, será responsável por confecionar todas as batatas fritas para 350 restaurantes da Whitle Castle.

Esses robôs são capazes de fritar 30% mais alimentos do que os humanos, de acordo com a Miso Robotics. Além disso, usam inteligência artificial para otimizar o desempenho do robô ao longo do tempo.

No entanto, o Flippy não é completamente autónomo. Precisa de ajuda humana para funcionar, pois ainda não é capaz de realizar tarefas simples, como desembalar os produtos ou simplesmente adicionar sal.

O McDonald’s é outro exemplo. A cadeia de fast food possui um laboratório tecnológico chamado McD Tech Labs, no qual desenvolve propostas para automatizar os seus serviços e incorporar a tecnologia nos seus processos. É disso exemplo os assistentes de voz disponíveis nos seus McDrive, capazes de recolher os pedidos dos clientes de forma autónoma.

Nos últimos Jogos Olímpicos de Pequim, em fevereiro deste ano, no centro de imprensa, a comida foi preparada por chefes-robôs e enviada diretamente à mesa por outro robô.

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