Quer levantar capital de um fundo? Esteja atento a estes conselhos.

A empresa francesa Toucan Toco partilhou cinco conselhos para as start-ups reduzirem os riscos na hora de fecharem uma ronda de investimento.
No mundo das start-ups, as atenções estão centradas na ronda de investimento. É uma corrida de milhões, à escala global. Com mais ou menos capital angariado – e com um ou mais investidores –, as rondas de investimento são oportunidades fundamentais para que as empresas consigam financiar os seus negócios.
Permite que uma empresa reúna investimentos de um ou mais investidores num mesmo momento. Com o amadurecimento do mercado, as exigências dos investidores e a valorização das start-ups, o levantamento de capital através de rondas de investimento passou a ser encarado como um recurso que pode trazer riscos.
A empresa francesa Toucan Toco, que está focada no desenvolvimento de soluções de software de análise de dados que ajudem as empresas na tomada de decisões, partilhou cinco dicas financeiras para reduzir os riscos das start-ups fracassarem. A empresa, criada há quatro anos, estudou os ‘erros mais comuns’ que estas cometem quando têm como objetivo fechar uma ronda de investimento.
De acordo com a Toucan Toco, “levantar capital de fundos de investimento nem sempre é positivo e leva as start-ups a cometerem vários erros pela sua obsessão de obter financiamento”.
Siga os conselhos que a empresa partilha para que possa ser bem-sucedido no negócio sempre que pensar em levantar capital.
Encare o levantamento de capital como uma “ferramenta” de crescimento
Levantar dinheiro de fundos, sugeriu Toucan Toco, “deve ser usado para criar valor e lucro, não para compensar o custo de instalações muito grandes, para contratar talentos qualificados ou para alimentar artificialmente um modelo de negócio desatualizado”.
Cuide das finanças reais
De acordo com a Toucan Toco, as start-ups que captam investimento ou que convertem o levantamento de capital de um fundo no seu principal objetivo fracassam mais por falta de financiamento do que as empresas autofinanciadas.
Kerry Jones, investigadora de marketing da Franctl, estudou as retrospetivas de mais de 150 fundadores sobre as razões pelas quais diferentes start-ups falharam e chegou à conclusão de que “cerca de 30% das 150 start-ups analisadas não sobreviveram porque se concentraram apenas no financiamento externo e não noutras razões”.
Procure inovar
As start-ups devem “propor algo novo que não existe no mercado”. Se uma start-up está com pressa para levantar dinheiro e competir com os outros rapidamente, então o seu produto não é revolucionário”. Segundo a análise anterior de Jones, 19% das empresas que levantaram mais de 10 milhões de euros falharam devido à concorrência muito forte. Toucan Toco explicou que “a razão para que isto aconteça é simples: eles tinham um modelo de negócio semelhante ao que já existia no mercado”.
Dedique tempo ao produto e ao funcionamento da empresa
“Trata-se de uma tarefa necessária, por parte do CEO, para o desenvolvimento de um negócio”, advertiu Toucan Toco, acrescentando que “se um dos fundadores se concentra exclusivamente em levantar capital e não produz, ocorre um deficit”.
Deste modo, a empresa francesa aconselhou que seja estabelecida uma coordenação dentro da equipa da start-up, ou seja, “dedicar tempo à captação de investimento permitirá ao fundador ser melhor nessa tarefa, mas não o ajudará a ser um melhor diretor geral”.
Fomente a colaboração
A CB Insights, uma base de dados internacional sobre investimento em capital de risco, partilhou um estudo sobre as 1.098 start-ups que levantaram capital de fundos entre 2008 e 2010 nos Estados Unidos. O estudo mostrou que cerca de 46% das start-ups fizeram pelo menos dois levantamentos de capital e 28% das empresas que realizaram os levantamentos de capital foram compradas.
Estes números, explicou a CB insights, “são reveladores e explicam que, assim que o capital é levantado, os investidores não querem que a start-up se dedique ao desenvolvimento da sua atividade autonomamente”.
A razão,explica, prende-se com o facto de os investidores quererem obter retorno sobre o investimento. Se um segundo levantamento de capital de fundos for feito, as ações da empresa serão reavaliadas. Se uma compra é feita, eles terão um bom retorno sobre o investimento”.