Quer convencer os investidores? Siga estas dicas para um pitch de sucesso.
Se está a pensar levantar uma ronda de financiamento, conheça os cinco passos que deve dar para um pitch bem-sucedido, segundo a Bynd Venture Capital.
No mundo das start-ups, o pitching é uma arte e uma ciência. Para uma start-up se destacar entre as centenas de empresas que estão a ser avaliadas pelos investidores, a chave pode estar em elaborar uma história convincente que comunique claramente a proposta de valor e a oportunidade de investimento, tendo necessariamente de ser suportada por dados.
Para apoiar as start-ups portuguesas na sua primeira experiência de financiamento, a Bynd Venture Capital, sociedade gestora de capital de risco Ibérica, explora os elementos essenciais para elaborar um pitch de sucesso.
1. Apresentação da equipa
As primeiras reuniões com investidores devem sempre contar com o fundador e CEO e no caso de projetos mais tecnicamente mais complexos com elementos da equipa de produto, que são, habitualmente, quem consegue comunicar a visão da empresa e conhece a solução em profundidade. Já no momento do pitch, é essencial cobrir o histórico da equipa de gestão, experiência relevante na indústria, principais competências técnicas e de gestão de empresas, assim como o tempo em que trabalham juntos, o número de trabalhadores a tempo inteiro e onde estão localizados.
2. Identificação do problema a endereçar e apresentação da solução
Os investidores precisam de entender a pertinência e dimensão do problema que a empresa se propõe a resolver para avaliar plenamente o potencial da solução. Para isso, é fundamental explicar, de forma clara, concisa e cativante, como é que a startup aborda diretamente os problemas identificados, quais são os recursos ou benefícios exclusivos do produto/serviço e, se existirem, estudos de caso que demonstrem a eficácia da solução.
3. Mostrar tração e apresentar as finanças
Os investidores querem ver que o negócio já progrediu e que o produto/serviço foi validado pelo mercado. Para mostrar a tração, é necessário endereçar os principais objetivos alcançados (por exemplo, desenvolvimento de produto, teste beta, entre outros); histórias de sucesso; e o reconhecimento da indústria. Além disso, devem-se apresentar as finanças do negócio para dar aos investidores uma visão clara do potencial retorno do investimento. Essas projeções devem incluir previsões de receita e as premissas usadas para as calcular; análise de cenário e sazonalidade (se aplicável); margens de lucro e projeções de lucratividade; e as principais métricas de negócio.
4. Dar a conhecer a oportunidade de mercado
Para mostrar o potencial impacto da solução, é preciso demonstrar, através de estatísticas e dados concretos, o tamanho do seu mercado alvo (total e a parte que pode projetam poder ser alcançada pelo serviço/produto); o potencial de crescimento anual; o cenário competitivo e a matriz de competitividade (sendo importante que os fundadores aprendam com outras empresas que estão a tentar resolver o mesmo problema, identificando o seu ângulo e solução).
5. Apresentar dados da ronda e o plano de investimento
No pitch, é preciso incluir o montante a ser angariado na ronda de investimento e a valorização ambicionada. Também se podem mencionar outros investidores que já estão a bordo, quanto já está em hard e soft-commitments e quanto já foi angariado. É ainda útil abordar no que será aplicado capital e apresentar a composição de custos para mostrar que os fundadores estão cientes do percurso percorrido e a percorrer.
Antes de terminar a reunião, é importante alinhar os próximos passos no processo de análise e definir timings. A start-up deve ainda mostrar disponibilidade para apresentar os investidores a referências que possam dar credibilidade ao projeto e validar o que foi apresentado no pitch.