Liderança: “Elevate Leadership” quer formar refugiados e migrantes
Cinquenta jovens, entre eles refugiados e migrantes, integram um programa que decorrerá no Porto até março de 2021 para formar líderes. A iniciativa tem como objetivo dar-lhes ferramentas para que possam ingressar no mundo do trabalho.
Denominado “Elevate Leadership”, o programa da Academia Paul Harris do Distrito 1970 do Rotary International tem como parceiros a Universidade Católica – Centro Regional do Porto e as fundações AEP e Manuel António da Mota.
O governador do Distrito 1970 do Rotary International, Sérgio Almeida, explicou que o objetivo é “fazer com que os participantes melhorem as suas competências enquanto líderes de si mesmos, nas várias dimensões da sua vida e que ao mesmo tempo possam aplicar a ética e os valores rotários na sua ação no mundo”.
Os 50 participantes têm entre 20 e 30 anos, continuou o responsável, e “muitos deles estão a terminar a universidade e alguns já a trabalhar sendo uma parte proveniente do Movimento de Jovens de Rotary e outros da sociedade, havendo também refugiados e migrantes”.
A assinatura de um protocolo com a Plataforma de Apoio aos Refugiados e com o Serviço Jesuíta aos Refugiados em Portugal permitiu que “jovens refugiados de elevado potencial” participem nesta edição do programa, lê-se no comunicado da Academia Paul Harris.
Portugal, Ucrânia, Nepal, Palestina, Síria e Cabo Verde são as nacionalidades presentes no grupo que na próxima quarta-feira, para já em formato online devido à pandemia da covid-19, inicia uma formação de 60 horas, gratuita, que deverá estender-se até março de 2021, descreveu à Lusa o também mentor do projeto.
O programa está dividido em três fases: self leadership (auto liderança), leader skill (capacidade de liderança) e leader management tools (ferramentas de liderança), disse.
“A presença da Fundação AEP traz-nos a ligação aos empresários, à possibilidade de termos mentores que apoiarão os jovens no desenvolvimento das competências, mas também o apoio logístico”, elogiou Sérgio Almeida.
“Já a Universidade Católica Portuguesa – Centro Regional do Porto, participa com professores e aporta um selo de qualidade nos conteúdos, enquanto a Fundação Manuel António da Mota vai apoiar projetos de empreendedorismo social que os jovens possam depois colocar em prática na sociedade e que mudem vidas”, prosseguiu.
Representando um “investimento estimado de cerca de 100 mil euros”, o programa, destacou Sérgio Almeida, “conta com o alto patrocínio do Presidente da República”.