Opinião

Protocolo da Guarda Suíça no ensaio do funeral do Papa

Vasco Ribeiro, comentador e especialista em diplomacia

Muito se tem especulado e avançado com os ensaios para o funeral do Papa Francisco, pela Guarda Suíça, dado as notícias sobre o estado de saúde crítico do Sumo Pontífice.

Recorda-se que Guarda Suíça é responsável pela proteção do Papa, daí que está a ensaiar a sua cerimónia fúnebre. A Guarda Suíça é sobejamente reconhecida a nível mundial dado o característico uniforme tradicional, símbolo e lealdade e comprometimento com o Papa.

A cerimónia fúnebre do Papa representa um dos momentos mais solenes e simbólicas no contexto da Igreja Católica, tal o cerimonial religioso. O protocolo da Guarda Suíça para a cerimónia fúnebre assume um papel central, desde logo pela disciplina rigorosa, bem como pela continuidade desde legado histórico que remonta ao século XVI.

Em matéria de cortejo fúnebre, é cumprido – sem quebras protocolares, um conjunto de diretrizes datadas de séculos, todo um ritual sem igual da perfeição cerimonial.

De forma resumida, anotam-se os principais aspetos que constituem o protocolo da Guarda Suíça:

– Postura militar, o olhar firme e o silêncio reverente expressam o respeito e a honra pelo líder de Sua Santidade o Papa:

– Durante a cerimônia, os guardas com suas armas cerimoniais, formam uma barreira simbólica como proteção da eterna memória do Papa;

– Disciplina e união entre os membros da Guarda Suíça;

– Cada ordem é seguida com o máximo rigor;

– A coordenação entre os guardas evidencia o treino intensivo e a tradição que valoriza o serviço acima de tudo;

– A calma e o rigor dos movimentos são um tributo à figura do Papa, reforçando o sentimento de perda e, simultaneamente, a celebração de uma trajetória marcada pela total devoção em prol da religião;

– Os uniformes coloridos da Guarda Suíça, impecavelmente conservados, e as armas utilizadas carregam séculos de tradição e simbolizam a missão de proteção que transcende o tempo e o espaço como ato de dignidade e veneração pelo Vaticano;

– Cada detalhe do ritual fúnebre contribui para a preservação da memória do Papa, transformando a despedida em um momento perpétuo de respeito e homenagem.

As regras e os rituais adotados garantem que, mesmo diante do pesar da despedida, o ambiente se mantenha envolto de dignidade, em que o luto é entendido como uma celebração do legado e da vida dedicada à fé.


Vasco Ribeiro é doutorado em Ciências Empresariais (Universidade Fernando Pessoa, Porto), em Turismo (Universidade de Sevilha, Espanha), e pós-doutorado em Gestão da Inovação no Turismo de Luxo (Universidade de Aveiro) e em Marketing Ético nos Hotéis de Luxo (CiTUR – Politécnico de Leiria). É chefe do gabinete de Diplomacia e Protocolo Empresarial da Rede do Empresário, Docente universitário no ISLA Santarém, conselheiro editorial da Diplomacy and Business Magazine e comentador/analista de TV (informação) em assuntos de Protocolo e Turismo. Frequenta ainda o Programa Avançado em Diplomacia na Universidade Católica, Lisboa.

É ainda o autor dos livros “Etiqueta & Protocolo na Hotelaria de Luxo” (2017) e “Etiqueta Moderna” (2019) e “O Anfitrião Modelo: guia prático de bem atender, receber e servir no setor do turismo” (2023), e coordenador dos livros “Gestão de Empresas com Pessoas a Bordo” (2022) e “Gestão de Pessoas no Lazer, Animação Turística & Eventos” (2022).

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