Projeto de aluguer de robôs corta-relva procura investidor

Tem um espaço relvado que precisa de manutenção regular, mas não quer investir num jardineiro ou comprar um corta-relva? Então, este novo projeto de aluguer de robôs pode ser a solução. Para passar a ideia do papel à prática, o seu mentor só precisa de um investidor.

Depois de ver uma reportagem televisiva sobre um grande jardim em Inglaterra em que a relva era cortada por um robô, Vasco Jacinto teve a ideia de aplicar ao mercado nacional um projeto de aluguer de robôs corta-relva. Este tipo de equipamentos já é comercializado em Portugal, por grandes marcas internacionais, mas apenas na ótica da venda, não do aluguer. Vasco Jacinto pesquisou sobre o tema e sobre a oferta neste segmento, procurou respostas, que revelaram um setor empresarial com potencial, e resolveu avançar com a ideia. “Fiz uma prospeção à volta do concelho de Sintra, onde existem mais de  mil relvados onde são aplicáveis dos robôs e isso bastou para perceber o mercado. Fiz outra pesquisa na Aroeira e só ali encontrei cerca de 300 jardins relvados”, explicou.

Agora, já com alguns contatos feitos com potenciais clientes e demonstrações programadas, Vasco procura um investidor que o apoie no arranque do projeto e para comprar o número de equipamentos necessários que permitam à empresa ter capacidade de resposta, para um arranque em força, o que gostaria que acontecesse a muito curto prazo. Um investimento de 100 mil euros (para compras consoante as encomendas firmadas) seria para Vasco Jacinto um bom ponto de partida.

A aplicabilidade dos robôs corta-relva, vocacionados, sobretudo, para áreas cima 400 metros quadros e até 2 mil metros quadrados apenas com um robô, é diversa, como explica o mentor deste negócio. “O projeto é muito bom para universidades, hospitais, escolas, hotéis ou quintas, por exemplo, porque as empresas que vão cortar a relva não podem fazê-lo a qualquer hora, por causa do barulho. Como o robô é silencioso, pode ser usado a qualquer hora – de dia ou de noite – quer chova ou faça sol. Se estiver a chover muito, e para não correr o risco de ficar bloqueado, o robô regressa à sua base”, esclarece. Refira-se que quando não está a ser usado, o robô permanece numa base pré-instalada, onde se carrega à eletricidade autonomamente.

Exemplo de um modelo de robô preparado para cortar relva

 

Funcionamento autónomo
Como funcionam afinal estes robôs corta-relva? Vasco Jacinto explica que são 100% autónomos, logo sem intervenção humana, reduzem em mais de 50% o consumo de água e em 90% a adubação da relva”, explica. Tudo está testado, assegura.  “São marcas internacionais, testadas pelas empresas. Eu não preciso de testar nada. Vou comprar as máquinas e alugá-las”.

Os robôs estão equipados com um software que contém uma série de programações possíveis, mais diversificadas quando está em causa um modelo topo de gama. Têm controlo GPS, anti-roubo, podem ser controlados pelo telefone, têm sensores para não se aproximarem dos animais, etc, etc… As funcionalidades dependem do modelo do próprio robô. Teoricamente, exemplifica Vasco Jacinto, “é como aqueles robôs de limpeza em casa, mas no caso para cortar relva”.

Os robôs têm particularidades interessantes. Cortam a relva em padrões aleatórios para evitar que fiquem marcas no percurso já percorrido, e estão preparados para avaliar a taxa de crescimento da relva e, em função disso, adaptarem a frequência do corte. Estão equipados com lâminas giratórias afiadas que cortam a relva em vez de a arrancar. A relva cortada, muitas vezes transformada em pequenas partículas, fica no terreno adubando-o. O robô sabe sempre onde fica a sua base e quando necessita de energia regressa a ela para recarregar. Depois do carregamento feito, volta ao trabalho cortando a relva noutro sítio porque sabe sempre o que já cortou.

 

Video demonstrativo do trabalho desenvolvido pelos robôs

Modelo de negócio
Conseguir um investidor, implementar uma boa carteira de clientes e criar uma equipa para colocar os robôs no mercado, é a etapa que Vasco Jacinto quer agora realizar depois de ultrapassada a fase da prospeção e análise de mercado. O modelo de negócio é simples: compra os equipamentos aos fabricantes (neste momento está a trabalhar com um robô de marca alemã), que, posteriormente, aluga desde clientes empresariais, a entidades públicas ou a privados. A proposta de Vasco Jacinto é alugar os robôs corta-relva a clientes que não estão interessados em investir na compra, nem em contratar um jardineiro ou empresa que assegure esse trabalho. Com esta opção, os custos são substancialmente menores para os clientes, assegura.

“Por exemplo, num espaço de mil metros quadrados, as empresas não conseguem fazer este trabalho por menos de 350 euros. Se o robô custar uma média de 1250 euros, por 100 euros mês consigo cortar a relva mantendo-a, 365 dias por ano, sempre com a mesma altura e sempre verde”, explicou. À partida, o modelo que Vasco quer pôr em prática centra-se num contrato de aluguer de 12 meses, mas que pode ser negociado tendo em conta que o retorno do investimento começa imediatamente a partir do 13.º mês.

Resumo
Responsável: Vasco Jacinto
Área: Jardinagem
Produto: Aluguer de robô corta-relva
Mercado: Nacional
Necessidade: Investidor
Contactos: vascojacinto43@gmail.com

 

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