Portugal ocupa a 37.ª posição do World Competitiveness Ranking

Portugal está mais competitivo que Espanha, de acordo com o World Competitiveness Ranking 2025. Divulgado este mês, o ranking mundial coloca o nosso país na 37.ª posição à frente da vizinha Espanha que ocupa a 39.ª, num total de 69 países.
O World Competitiveness Ranking 2025, do Institute for Management Development (IMD), analisou 69 países e nesta edição lista Portugal na 37.ª posição, colocando-o à frente de outras economias europeias como são os casos, por exemplo, da Espanha (39.ª), Itália (41.ª), Chipre (44.ª) ou Eslovénia (46.ª).
Apesar de ter descido uma posição face ao ano transato, e dos desafios que continua a enfrentar, nesta edição do ranking da IMD, Portugal continuou a manter uma boa performance em muitos dos indicadores do ranking como a Performance Económica, Eficiência Governamental, Eficiência Empresarial e Infraestruturas.
Perante o desempenho competitivo do país, o relatório IMD (que no caso de Portugal conta com a parceria da Porto Business School) identificou os cinco desafios que este terá de enfrentar. São eles: a diversificação da economia para reduzir as mudanças no turismo e nas políticas comerciais globais; o desenvolvimento da educação para melhorar a competitividade, capacidade de gestão, a transição digital e verde; reforço dos serviços públicos (justiça, educação, segurança social); o combate ao envelhecimento e às baixas taxas de natalidade, e ao mesmo tempo desenvolver uma política de imigração que promova a integração social; e ainda a atualização das leis de falência e reestruturação de dívidas para aliviar o peso da dívida das PME e promover fusões e aquisições para aumentar a competitividade.
Os três países mais competitivos
Globalmente este relatório anual, identifica a Suíça, Singapura e Hong Kong como as economias mais competitivas do mundo. No caso da Suíça, o país continua a demonstrar um desempenho robusto, resultado das estruturas económicas e sociais resilientes e estáveis. Continua a liderar em Eficiência Governamental e Infraestruturas, mantendo a primeira posição em ambas as áreas, ainda que o seu desempenho noutros domínios como Desempenho Económico ou Eficiência Empresarial, seja mais moderado.
Já no caso de Singapura, que deixou a sua posição de liderança em 2024, a sua força em todos os indicadores analisados demonstra uma economia robusta e voltada para o futuro. Em relação à Eficiência Governamental, Singapura cai uma posição, ficando em terceiro. Em Eficiência Empresarial o país registou seu maior declínio, do segundo para o oitavo lugar.
Hong Kong subiu duas posições e garantiu o terceiro lugar, com ganhos nos quatro fatores de competitividade, refletindo uma abordagem ampla para atrair investimentos do setor privado. Refira-se ainda que, no conjunto dos 20 primeiros lugares, o Canadá, a Alemanha e o Luxemburgo foram as economias que melhoraram mais face ao ano anterior.
TOP 10 Ranking Mundial de Competitividade (2025)
Fonte: IMD – World Competitiveness Ranking 2025
Regiões com diferentes preocupações
No cenário global, as disparidades regionais mantem-se, mas a análise da IMD retrata o novo impulso que está a surgir no Leste Asiático, na Europa Ocidental, na Ásia Ocidental, África e América do Sul, e a eficiência governamental que está a tornar-se um pilar fundamental para a resiliência a longo prazo, uma eficiência que abrange agilidade, inclusão e estruturas políticas voltadas para o futuro.
Todos os países africanos presentes no ranking pontuam acima da média global em oportunidades económicas, com dois países (África do Sul 74,6% e Namíbia 60,6%) entre os 10 primeiros do mundo. O continente demonstra preocupação com sua situação de educação/saúde (40,9% contra uma média global de 25,3%), destacando-se os desafios estruturais de desenvolvimento da África.
Segundo o relatório, a Ásia apresenta um desempenho sólido em diversas categorias, com quatro das suas economias classificadas entre as 10 melhores do mundo em oportunidades económicas, com base nas maiores percentagens nessa categoria. Apresenta diferenças políticas (56,1%) e desigualdades sociais (57,9%) acima da média. Já a Europa Oriental apresenta uma das menores preocupações com educação/saúde (17,6% vs. média global de 25,3%).
Por sua vez, os executivos latino-americanos estão muito mais preocupados com diferenças políticas do que a média global (81,0% vs. 57,6%, respetivamente), enquanto os executivos do Oriente Médio estão tão preocupados com as oportunidades económicas quanto a média global (47,3% vs. 41,1, respetivamente), mas estão relativamente tranquilos relativamente às diferenças políticas (35,1% dizem que isso é uma fonte de fragmentação vs. a média global de 57,6%).
A Europa Ocidental domina a categoria de divisões sociais (51,1% contra 40,1% da média global), com cinco países no top 10 global, liderados pelos Países Baixos (71,2%). Também apresenta as menores preocupações com oportunidades económicas (26,4% contra a média global de 41,1%) e níveis pouco significativos de desigualdade de oportunidades económicas. No entanto, enfrenta desafios de polarização baseados em identidade.
Refira-se que este ano, pela primeira vez, a Namíbia, o Quénia e Omã foram adicionados ao ranking. (Consulte a listagem geral)