Políticas sustentáveis melhoram resultados das empresas, diz estudo.

53% dos responsáveis de compras sustentáveis alcançam melhores números de negócio, segundo um estudo Ecovadis e da Jaggaer.

O relatório “Aumentar el retorno de la inversión mediante la sostenibilidad y la digitalización”, elaborado pela JAGGAER e pela EcoVadis, mostra que mais de metade (53%) dos responsáveis de compras que implementam políticas sustentáveis asseguram que as métricas de aquisições da sua organização melhoraram como resultado destas práticas. Além disso, 7 em cada 10 gestores consideram a redução de custos uma prioridade empresarial e utilizam plataformas digitais como uma forma de otimizar as compras e aumentar a rentabilidade.

Por outro lado, o relatório revela que muitas empresas dedicam demasiada mão-de-obra a tarefas que não são críticas e dispendiosas que poderiam ser facilmente automatizadas.

Os dados deste relatório foram divulgados no decurso de um webinar “Digitalización, Sostenibilidad y ROI”, organizado pelas empresas, e no qual o diretor comercial da JAGGAER, Antonio Romero, reforçou a ideia de que  “a tecnologia permite um ROI rápido se todas as operações de compra forem geridas através de uma plataforma eletrónica que oferece modalidades tais como RFQ, licitações, compras em colaboração ou compliance”.

De acordo com este profissional a “digitalização é a chave para melhorar a sustentabilidade no suprimento das empresas. Permite-nos gerir os fornecedores de forma mais direta, evitando riscos e atribuindo critérios de sustentabilidade. Também facilita a negociação de acordos, determinando os requisitos de RSC que os fornecedores devem cumprir, e permite-nos analisar as despesas de forma a ajustá-las e a obter maiores benefícios”.

A EcoVadis, uma das responsáveis desta análise, destaca também como benefícios adicionais da implementação da sustentabilidade e digitalização no processo de compras, a redução de custos ou maior inovação, e a mitigação de riscos e maior resiliência dos fornecedores. Sem esquecer as vantagens financeiras, relacionadas com alguns benefícios fiscais associados.

“Até 90% do impacto na sustentabilidade pode estar na cadeia de abastecimento, como aconteceu em 9 de cada 10 grandes empresas norte-americanas no início da pandemia. Por outro lado, aqueles que possuíam um sistema de monitorização robusto na sua cadeia de abastecimento eram capazes de identificar e antecipar questões disruptivas”, frisou ainda Patrícia Cortés, executiva de contas EcoVadis para o Sul da Europa e América Latina. E acrescenta que o facto de não se gerir adequadamente a sustentabilidade na cadeia de abastecimento acarreta riscos a vários níveis. “Economicamente, as empresas podem ser penalizadas pelo não cumprimento da legislação em certos territórios. Do ponto de vista operativo, pode haver interrupções ou disrupções de fornecimento, e, do ponto de vista da reputação, o prestígio da empresa pode ficar em risco”, explica.

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