Opinião

Os líderes do amanhã e a importância de ser-se “global”

Mariana Torres, national franchisor Portugal da Helen Doron English

Liderança e globalização são algumas das palavras mais pesquisadas na internet no ano de 2017, em todo o mundo. Mas mais do que palavras, são conceitos intrínsecos à nossa atualidade.

Começando pela liderança, todos somos ou deveríamos ser líderes de alguma forma. Temos líderes de grandes nações e organizações internacionais, líderes de empresas e marcas, líderes de grupos de opinião, líderes de audiências, líderes familiares, líderes espirituais… No fundo, se analisarmos o conceito na sua essência, ser líder implica liderar ou envolver alguém para algo que se traduza em resultados. Cada vez mais se observa no panorama empresarial que líderes deixaram de ser as chefias ou patrões. Todo e qualquer colaborador deverá ser líder do seu próprio trabalho, motivando e desenvolvendo capacidades de auto liderança.

Considerando agora a globalização, é mais um conceito que dispensa explicações. A globalização começou por ser uma tendência há umas décadas, neste momento é uma realidade. Encontramos as mesmas lojas e marcas em todo o mundo, comunicamos de forma internacional e global com um clique e em qualquer lugar, deslocamo-nos com uma facilidade e comodidade inigualável e as fronteiras e diferenças esbateram-se e tendem a esbater-se cada vez mais. Naturalmente que cada nação mantém a sua identidade cultural, mas a verdade é que com a migração laboral e o networking, caminhamos a passos largos para cidadãos globais, mais do que cidadãos de uma nacionalidade única.

Obviamente que, no panorama dos negócios, estes dois conceitos estão interligados e obrigaram a uma série de mudanças e alterações no mercado do investimento e das empresas.

Os recursos humanos tendem a diminuir a sua taxa de retenção, uma vez que a mobilidade empresarial é estimulada, vários cargos foram extintos por substituições automáticas e maquinizadas, e marcas e empresas que não sejam “globais” têm resultados de vendas limitados. Além disso, analisando o tema concorrência, atualmente há que investir numa busca exaustiva internacional antes de lançar qualquer produto ou marca, pois, a probabilidade de já existir, ou de outras pessoas já terem acesso, é estrondosa.

Todas as mudanças conduzem a ações mais ou menos positivas e a resistência à novidade é algo natural no ser humano. Diariamente somos confrontados com casos de empresas de sucesso que faliram por não se terem mantido atualizadas ou, se preferirmos, por não se terem globalizado. Globalizar não significa obrigatoriamente internacionalizar, mas sim estar atualizado, analisar a concorrência, dominar as redes sociais e ferramentas de marketing digital, envolver as equipas e treinar a auto liderança como forma de crescimento e desenvolvimento de ideias.

Tudo isto tem de ser tido em consideração na educação das crianças e jovens de hoje que serão os líderes de amanhã. A educação passou também a ser mais tecnológica, global e direcionada para o desenvolvimento da autoestima e capacidades de liderança e tomada de decisões. Infelizmente, ser-se razoável não chega, há que ser bom e confiante para fazer face às necessidades e exigências de um mundo mais rápido, moderno e sem fronteiras.

Comentários
Mariana Torres

Mariana Torres

Mariana Torres é national franchisor em Portugal da marca Helen Doron English, um método de ensino da língua inglesa que vai desde os bebés com três meses até aos jovens com 19 anos. Em 2012, abriu a sua primeira unidade como franchisada dos centros de ensino de inglês Helen Doron English, em Odivelas. Passado um ano, assumiu o master da marca em Portugal. É também vogal do Conselho de Administração da Fundação Lapa do Lobo. Mariana Torres é licenciada em... Ler Mais..

Artigos Relacionados