Mulheres investem mais do que os homens na Europa, diz Revolut

Dados da Revolut revelam que, em 2024, as mulheres em toda a Europa tomaram decisões de investimento de melhor qualidade do que os seus homólogos masculinos, superando-os em investimentos em 2,6%.
Na véspera do Dia Internacional da Mulher, a Revolut revela novas informações sobre os hábitos financeiros das mulheres em Portugal e no Espaço Económico Europeu (EEE). Segundo, a fintech, “as mulheres têm sido tipicamente um grupo demográfico subestimado no espaço de investimento, com a suposta falta de confiança e tendências como a “Girl Math” a criar uma narrativa falsa sobre a literacia financeira das mulheres”.
Os dados da Revolut mostraram o início de uma mudança de poder, com os investimentos das mulheres em todo o EEE a terem um desempenho médio 2,6% melhor do que os dos homens em 2024. No EEE, as mulheres superaram os homens em todos os grupos etários até aos 64 anos, com os melhores resultados (3,2% melhores em comparação com os homens) demonstrados pelas mulheres com idades entre os 25 e os 34 anos. Em Portugal, os investimentos das mulheres tiveram um desempenho 0,04% melhor do que os dos homens.
Embora o investimento em Portugal continue a ser predominantemente masculino, com os homens a terem três vezes mais contas em comparação com as mulheres e carteiras médias três vezes maiores (5.000€ vs. 1.650€), as mulheres estão a entrar rapidamente no espaço de investimento. A Revolut registou um aumento de 211% nas mulheres portuguesas a abrir contas de investimento em 2024, superando o crescimento de 157% entre os homens.
Os perfis de investimento de mulheres e homens também revelam diferenças importantes. Em Portugal, em 2024, a maioria das mulheres optou por opções de investimento mais seguras, por exemplo, Fundos Monetários Flexíveis (MMFs) (53%), enquanto apenas 30% dos homens investem neste produto e escolhem títulos mais arriscados. Os homens preferem ações (46%), um ativo que representa apenas 27% dos investimentos das mulheres. Os ETFs e as obrigações permanecem menos populares entre ambos os géneros, com as mulheres a alocarem 19% dos seus investimentos em ETFs e apenas 1% em obrigações.
“É interessante ver as mulheres a superarem os homens nos investimentos. As mulheres da Geração Z, em particular, estão a melhorar ativamente as suas competências e a colmatar a lacuna de investimento, potencialmente devido ao aumento do acesso a recursos online. Os nossos dados sugerem uma tendência positiva para uma maior inclusão financeira das mulheres. Não só observamos esta tendência, como também a apoiamos ativamente, fornecendo ferramentas de aprendizagem e tecnologia que capacitam as mulheres a assumirem um papel de liderança no futuro das finanças”, afirma Rolandas Juteika, Head of Wealth and Trading (EEE) na Revolut.