Maioria dos portugueses prevê gastar entre 500€ a 1.000€ nas férias de verão

49% afirma que o seu orçamento para as férias se manteve igual ao de 2024. Já 24% dos entrevistados espera gastar menos e 17% acredita que vai gastar mais este ano.
As férias de verão são um dos momentos mais aguardados pelos portugueses e envolvem várias decisões importantes. Desde a escolha do destino e a definição do orçamento, até à seleção dos métodos de pagamento são muitos os aspetos a ter em conta para garantir um período de descanso tranquilo e bem planeado. Neste sentido, a Escolha do Consumidor realizou um estudo que analisa as tendências de consumo dos consumidores nas suas férias de verão.
A maioria dos inquiridos afirma que prefere viajar para praias e destinos costeiros nas férias (28%), seguindo-se os adeptos do turismo cultural, com visitas a cidades históricas e museus (17%). Experiências relacionadas com natureza e aventura, desde trilhos a montanhas e parques naturais, ocupam o terceiro lugar no tipo de viagens que os consumidores mais valorizam (15%). O turismo rural é mencionado também por 10% dos participantes, enquanto outros 10% optam por resorts ou pacotes “tudo incluído”. Por fim, as grandes cidades internacionais são o destino favorito de 11% e 8% prefere locais exóticos ou tropicais.
Relativamente ao orçamento destinado para as férias de verão, 38% gasta entre 500€ a 1.000€ em viagens. Cerca de 26% prevê alocar um orçamento entre 1.000€ a 2.000€ e 16% pretende gastar menos de 500€. Já 15% admite que os gastos ultrapassam os 2.000€. Existe também uma pequena percentagem dos entrevistados que prefere não revelar o valor que costuma investir em viagens (5%). Em comparação com o ano passado, a nível de despesas, 49% planeia gastar o mesmo. Por outro lado, 24% dos inquiridos espera gastar menos e 17% acredita que vai gastar mais.
No momento de decidir qual o melhor destino para passar as férias de verão, o preço é o fator mais importante para os inquiridos (28%). Para além disso, o clima e a segurança representam uma preocupação para 22% e 16% dos consumidores. Outros aspetos como a acessibilidade e a distância (13%), as experiências locais e a gastronomia (9%) e a reputação ou recomendações (7%) também pesam na decisão final. A sustentabilidade ambiental influencia apenas 2% dos entrevistados e 3% destaca a importância de atividades para crianças ou família.
Quando questionados sobre qual a época do ano em que costumam viajar, 44% indica que viaja durante os meses de junho e setembro. Superando a época alta, correspondente aos meses de julho e agosto (30%), e a época mais baixa (13%), ou seja, o restante do ano. Os outros 13% dos participantes declara que a escolha da época depende do ano.
Ainda de acordo com o estudo, grande parte dos portugueses prefere viajar com a família nas férias (61%). Determinadas pessoas preferem viagens em casal (19%), ao mesmo tempo que alguns consumidores optam por viajar sozinhos ou com amigos (ambos com 9%).
Em relação ao planeamento das férias, os portugueses começam a planear as mesmas com aproximadamente três a seis meses de antecedência (49%). Para 25%, o planeamento é feito com mais de seis meses de antecedência e 16% organiza a viagem entre um a dois meses antes. Somente 5% deixa esta preparação para menos de um mês e outros 5% planeia de maneira espontânea ou em cima da hora. Quando se trata de marcar as férias, 47% recorre a plataformas online como Booking ou Airbnb. As agências de viagem físicas ainda são utilizadas por 22% dos participantes, contudo 15% prefere marcar diretamente com os alojamentos.
O principal objetivo de viajar nas férias é relaxar e descansar (31%). Visitar os pontos turísticos (26%) e explorar a gastronomia local (16%) também são destacados. Atividades culturais (13%), desportivas (6%), compras (4%) e vida noturna (3%) mostram-se como as menos valorizadas.
O estudo destaca, ainda, que no geral os inquiridos (46%) preferem pagar as férias na totalidade antecipadamente. MB Way ou transferências bancárias (20%), parcelamento sem juros (18%) e cartões de crédito (15%) são outros dos métodos mais utilizados. No que toca a preferências de alojamento, 40% opta por hotéis, 14% prefere moradias e 11% escolhe resorts com o regime de tudo incluído. Os restantes entrevistados preferem os alojamentos locais, como o Airbnb, apartamentos turísticos (9% nos dois casos) e aparthotéis (6%).