Maioria dos portugueses defende que a publicidade deve ser mais diversa e inclusiva

Maioria dos consumidores portugueses reconhece que as comunidades contribuem para uma sociedade mais funcional e mais saudável, e defende que cabe às marcas considerarem as diferenças culturais, diz novo estudo da Havas Media Group.

Cerca de três quartos, 76%, dos consumidores portugueses consideram que as marcas devem representar as diferentes comunidades na sua publicidade. É uma das conclusões do estudo “O Novo Poder das Comunidades”, desenvolvido pelo Havas Media Group.

Apesar disso, apenas 34% acham que os anúncios publicitários são os meios que melhor representam uma audiência diversa e defendem uma maior diversidade nos anúncios em Portugal. Ainda assim, apenas a Netflix representa melhor uma audiência diversa do que os anúncios publicitários, segundo 45% dos consumidores.

81% reconhece que as comunidades contribuem para uma sociedade mais funcional e 75% dos inquiridos afirma que cabe às marcas globais considerarem as diferenças culturais das comunidades para não gerar ofensas. Por outro lado, 64% dos consumidores dizem que é dever das grandes empresas apoiar pequenas empresas de comunidades marginalizadas.

A representatividade que os consumidores consideram necessária não deve resultar em distanciamento e diferenças de acesso a bens e serviços entre as pessoas: apenas 44% defende que as marcas devem criar produtos e serviços adaptados a necessidades específicas e 77% prefere comprar marcas que não são dirigidas a nenhuma comunidade em especial.

A importância da diversidade estende-se aos próprios quadros das empresas, com 64% a verem como necessário um especialista em diversidade e inclusão nos comités de liderança e 68% a afirmarem que as empresas precisam de um comité de liderança diverso.

Segundo Ana Roma Torres, managing and creative partner da HSE, agência de brand engagement do Havas Media Group, “a consciência dos consumidores para a importância da representatividade tem vindo a crescer e cabe, por isso, às empresas defenderem a diversidade sem criar distanciamento. A comunicação é atualmente um dos meios que pode ajudar nesta representatividade. Os formatos e os conteúdos vão ser cada vez mais adaptados de forma a incluir a realidade de todos e não apenas das maiorias”.

Para o estudo “O Novo Poder das Comunidades”, foram realizadas 503 entrevistas a residentes em Portugal Continental, maiores de 18 anos.

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