Maioria dos europeus está disposto a ter formação para se adaptar às novas tecnologias

Mais de metade dos trabalhadores europeus afirma que, nos próximos 10 anos, as novas tecnologias vão modificar radicalmente os modelos organizativos e estão dispostos a receber formação para se adaptarem à realidade, diz estudo da Epson.

65% dos trabalhadores europeus afirma que estaria disposto a ter formação para se adaptar às novas tecnologias necessárias para o “escritório do futuro”, segundo estudo da Epson, que destaca o impacto que os avanços tecnológicos terão nos locais de trabalho europeus nos próximos 10 anos

“O contexto em que vivemos e trabalhamos vai evoluir radicalmente graças à tecnologia, uma vez que avançamos para um mundo onde a nossa vida assumirá um novo propósito”, afirma Minoru Usui, presidente mundial da Epson.

Mais de metade dos trabalhadores europeus (57%) afirma que nos próximos 10 anos as novas tecnologias vão modificar radicalmente os modelos organizativos e os postos de trabalho tradicionais nos principais setores económicos.

Apenas 14% dos inquiridos qualifica como “excelente” o acompanhamento que a sua organização faz dos avanços tecnológicos no setor e menos de um terço (28%) afirma que a sua empresa é especialmente boa na implementação de novas tecnologias.

Para  Minoru Usui, presidente mundial da Epson, “é compreensível que as pessoas revelem uma certa incerteza pelo impacto futuro dos avanços tecnológicos. Mas se os soubermos gerir da melhor forma, também poderão surgir grandes oportunidades. Por isso, torna-se urgente estabelecer uma melhor comunicação entre governos, organizações e a sociedade em geral, para garantir que todos tenhamos as capacidades necessárias para adotar novas funções e enfrentarmos diferentes desafios”.

Apesar de existir uma postura praticamente unânime dos colaboradores face aos benefícios da tecnologia – 75% dos inquiridos afirma que esta trará novas oportunidades de negócio e de crescimento –, foram identificados três aspetos-chave que deverão ser trabalhados para agilizar o processo de adaptação.

Um dos primeiros fatores diz respeito à interrupção da adoção tecnológica. Uma percentagem reduzida dos colaboradores (6%) indica que interromperia deliberadamente a adoção da tecnologia, se o seu posto de trabalho se visse ameaçado. Este valor aumenta para 12% entre a geração Y e sobe ainda mais entre os diretores seniores (17%).

Outro dos fatores está relacionado com a falta de conhecimento. Uma grande parte dos inquiridos considera as tecnologias emergentes, como a inteligência artificial, realidade aumentada, dispositivos wearables, tecnologias colaborativas e robótica, como avanços interessantes, embora afirme ter um conhecimento muito limitado sobre eles.

Por fim, a preparação para o futuro surge como um dos fatores que o estudo aponta para agilizar também o processo de adaptação às novas tecnologias. Quase um terço dos inquiridos é da opinião que a sua empresa não comunica de forma adequada o impacto positivo da mudança tecnológica. Além disso, 60% considera que, quando são necessárias aptidões tecnológicas- chave, as empresas são mais propensas a contratar novo pessoal, em vez de formar os colaboradores atuais.

O estudo “escritórios do futuro” teve por base mais de 7 mil inquéritos realizados a trabalhadores de 5 países europeus – Espanha, Reino Unido, França, Alemanha e Itália – de setores de atividade como saúde, educação, retalho, comércio e indústria. O estudo contou ainda com a colaboração de um painel composto por 17 especialistas europeus.

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