Instituto Pedro Nunes tem 125 mil euros para projetos que usem tecnologia espacial

As candidaturas para a primeira fase do concurso Spark 4 Business estão abertas até 2 de junho. O programa da Agência Espacial Europeia, promovido pelo Instituto Pedro Nunes, quer apoiar empresas e institutos de investigação portugueses interessados em usar tecnologia espacial para criar novos produtos ao serviço da Terra.

Instituto Pedro Nunes (IPN) abriu candidaturas para um programa da Agência Espacial Europeia (ESA) que vai apoiar empresas e institutos de investigação portugueses interessados em transferir tecnologia espacial para criar novos produtos ao serviço da Terra.

Em comunicado, o IPN, sediado em Coimbra e coordenador do ESA Space Solutions Portugal, explica que a primeira fase de candidaturas da edição de 2021 do programa Spark 4 Business decorre até 2 de junho e a segunda até 2 de novembro.

“O Spark 4 Business vai apoiar cinco projctos que utilizem ativos espaciais, como comunicações por satélite, navegação por satélite ou observação da Terra, para desenvolver novos produtos e serviços para mercados terrestres, como a saúde, transportes, energia, agricultura, ambiente ou segurança”, explica o IPN.

Cada projeto vai receber um financiamento máximo até 25 mil euros e apoio do instituto “no estudo da viabilidade financeira e técnica”. “As empresas selecionadas vão ainda beneficiar de um relacionamento direto com a ESA, o que irá fortalecer tanto o seu modelo de negócio, como a sua componente técnica/espacial.”

No âmbito deste programa, a startup Matereo foi uma das que recebeu apoio, “no desenvolvimento de um assistente virtual, o IMSbridge, que recorre a dados de satélite para a monitorização remota de estruturas de engenharia civil, tais como pontes, túneis e barragens, permitindo reduzir incertezas e aumentar a eficiência do sector da construção”. O IMSbridge “é um projeto que, desde o seu começo, tem gerado receitas próprias, tendo já clientes de referência como a Brisa e projectos-piloto em curso na Eslovénia e Brasil”.

Também a Connect Robotics criou, com o apoio deste programa, um sistema de entrega de encomendas por drones, onde todo o processo é autónomo, necessitando o utilizador apenas de um treino mínimo para iniciar e acompanhar toda a operação. Segundo o IPN, “a empresa está a operar, principalmente, no setor da saúde e, nos próximos meses, conta já estar a entregar medicamentos por drone de forma rápida e segura”.

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