Entrevista/ “Gostaria de ver mais empreendedores bem-sucedidos a darem mentoria a start-ups”
Start-up de Nuno Loureiro quer ajudar empresas a construir aplicações mais seguras. A história da Probe.ly começou no Sapo, há cerca de seis anos.
A Probe.ly levantou 275 mil euros de financiamento em 2016, 200 mil foram atribuídos pela Bixtel Pixel e 75 mil pela Caixa Capital através do Lisbon Challenge Fall 2016, que a leva este mês a uma ronda perante investidores europeus nos Prémios Caixa Empreender.
A start-up que se dedica à próxima vaga de produtos de segurança informática, especialmente a segurança em aplicações, foi uma das 66 start-ups vencedoras do Road2WebSummit promovido pelo Governo português, tendo visto o seu nome integrado no Startup Report Portugal ainda antes de perfazer um ano de vida.
A Probe.ly surgiu oficialmente em abril de 2016 pelas mãos de cinco amigos que trabalhavam na área de segurança do Portal Sapo, sendo liderada por Nuno Loureiro.
O que alcançaram antes do vosso último levantamento de capital que foi realmente determinante na angariação deste valor?
Na verdade, nascemos antes de fundarmos a Probe. ly, pelo que apenas precisávamos de reunir a equipa para que conseguíssemos levantar o capital.
Qual deverá ser a forma de pensar de um empreendedor quando o objetivo é criar uma empresa com fundo de investimento?
Ser muito pragmático, com bom senso e ser capaz de implementar e atingir os objetivos traçados.
Que grande erro pode um empreendedor cometer durante o processo de angariação de investimento?
Não ter um percurso já longo. Os investidores descobrirem que precisamos desesperadamente do dinheiro não joga nada a nosso favor.
Uma dica para os empreendedores que lhe perguntam: “Não conheço nenhuns investidores. Como consigo ter contacto com eles?”
Caso estejam numa fase muito inicial, recomendo que se candidatem a um programa de aceleração. Irão preparar-se para falar com os investidores e fazer networking com eles.
Um “segredo para o sucesso” para uma start-up portuguesa conseguir investimento?
Diria, terem uma equipa fantástica.
Quais as diferenças que um principiante deverá perceber quanto ao investimento proveniente de business angels, venture capitals ou de investidores estratégicos?
A maior diferença está no facto do angel investir na ideia e na equipa, enquanto que o VC investe num estádio mais tardio, quando há alguma tração e conseguem já analisar os nossos resultados. Os investidores estratégicos preenchem uma necessidade específica que a start-up tem.
O que a Probe.ly procurava num investidor?
Se estes estavam alinhados com a nossa visão, se já tinham investimentos na nossa área de negócio e o valor que poderiam aportar, para além do dinheiro.
Que mudança no mundo gostaria de ver acontecer relativamente ao cenário das start-ups portuguesas em 2017?
Gostaria de ver mais empreendedores bem-sucedidos a darem mentoria a start-ups que estão a começar.
Nota: Entrevista concedida pelo Startup Report Portugal