Geração Z sente-se “menos comprometida com o trabalho”, revela estudo

Estudo revela que “cerca de 25% têm contratos a termo certo ou temporários ou são freelancers, contra cerca de 21% dos profissionais com idades entre os 30 e os 64 anos”.

A Geração Z está a deixar a sua marca no trabalho. Prevê-se que esta geração com grande consciência social e ecológica perfaça mais de um quarto da força de trabalho nos países da OCDE em 2025. Em Portugal, assim como em toda a Europa, onde a população está a envelhecer rapidamente e a população ativa global está a diminuir, esta geração representa um grupo de talentos mais pequeno. Esta é a conclusão de um estudo da Michael Page, que conclui que Geração Z sente-se “menos comprometida com o trabalho”.

O estudo mostra que as “diferenças entre a Geração Z no mercado de trabalho em Portugal face às gerações anteriores, destacam que esta geração está menos comprometida“.

Segundo as conclusões, cerca de 25% têm contratos a termo certo ou temporários ou são freelancers, contra cerca de 21% dos profissionais com idades entre os 30 e os 64 anos

Os profissionais da Geração Z são “defensores da igualdade, procuram ambientes de trabalho que considerem a diversidade como um aspeto prioritário e promovam a inclusão”. À semelhança dos seus colegas com idades na casa dos 30 e 40 anos, 28% dos profissionais da Geração Z afirmam que eliminar a disparidade salarial entre homens e mulheres é a sua maior prioridade no que toca à diversidade, equidade e inclusão, revela ainda o estudo.

Relativamente ao setor de atividade, a Geração Z considera muito pouco atrativa a indústria transformadora (cerca de 7% versus mais de 18% dos profissionais com idades entre os 40 e os 64 anos) e prefere trabalhar noutras áreas.

O estudo demonstra ainda que a saúde é a área mais procurada; cerca de 10% da Geração Z trabalha neste setor, contra cerca de 6% dos profissionais com mais de 40 anos.

Para a Geração Z, o salário é considerado como um aspeto muito importante, mas valoriza outros fatores, tais como a flexibilidade e o equilíbrio entre a vida pessoal e profissional.

Assim, 15% dos jovens profissionais afirmam que o salário é o fator número um na ponderação de um emprego (contra 8% dos profissionais com mais de 50 anos) e 54% procuraram um novo emprego por estarem descontentes com o seu salário atual.

Para esta geração, a motivação para mudar de trabalho prende-se com a procura de horários de trabalho mais flexíveis e com o descontentamento no equilíbrio entre a vida pessoal e profissional (20% contra 14% dos profissionais com mais de 40 anos).

Outra das conclusões prende-se com o modelo de trabalho. Quase um terço dos colaboradores da Geração Z trabalha hoje com mais frequência no escritório do que há 12 meses, e alguns (9%) consideram que o trabalho presencial traz oportunidades de progressão na carreira, aprendizagem, colaboração e socialização.

O bem-estar físico e mental está em primeiro lugar para os jovens profissionais. Quando questionada sobre a sua maior prioridade no trabalho, a Geração Z escolhe a saúde mental (20%) ou o equilíbrio entre a vida pessoal e profissional (36%), face à realização profissional (19%) ou um bom salário (15%).

Em contraste, 28% dos profissionais com idades entre os 50 e os 64 anos, valorizam a realização profissional acima de tudo, com apenas 16% a considerar a saúde mental o fator mais importante.

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