O futuro da tecnologia aplicada ao turismo: as novas áreas mais apoiadas
Desde 2013, que o financiamento de projetos ligados ao turismo superou os 12,5 mil milhões de euros. Conheça as novas áreas mais procuradas por investidores neste artigo.
Com a entrada das novas empresas de base tecnológica, o setor do turismo tem sofrido alterações substanciais na última década.
Desde a forma como o alojamento é feito, com a entrada de empresas como a Airbnb, à forma como experienciamos uma cidade, com o nascimento de start-ups que têm como objetivo oferecer experiências que fogem ao mainstream, o setor já não é dominado pelos tradicionais hotéis ou pelos autocarros que passam pelos pontos turísticos mais apreciados das cidades.
Os antigos magnatas do setor do turismo, como as grandes cadeias de hotéis, estão agora à procura de start-ups que diversifiquem as ofertas disponibilizadas aos seus clientes, e que também aumentem a sua área de atuação, de forma a estarem por dentro das novas tendências.
Visto que Portugal tem sofrido um boom neste setor é importante que os empreendedores se mantenham a par das últimas tendências e das categorias mais valorizadas, tanto por clientes, como por investidores. As mais recentes são:
Luxo e viagens personalizadas:
Dentro desta categoria estão start-ups que permitem alugar aviões a jato privados que, em conjunto, desde 2014, já obtiveram mais de 200 milhões de euros em investimento.
Para além das deslocações em veículos de luxo, uma das novas tendências passa por fazer uma fusão entre o modelo de negócio da Airbnb e alojamentos de luxo. Um exemplo de um projeto bem-sucedido neste campo é a Luxury Retreats, que se foca exclusivamente num público-alvo de classe alta. Esta start-up teve tanto sucesso que a Airbnb a adquiriu por mais de 165 milhões de euros em fevereiro do ano passado.
O grupo francês AccorHotels, dono da cadeia Ibis, entre outras, é outro gigante a querer o seu share no mercado de luxo. Prova disso é a aquisição de três start-ups que operam neste domínio.
Atividades, passeios e informação:
As start-ups incluídas nesta categoria vão desde plataformas de atividades e tours, a guias de viagens online, como assistentes virtuais e recomendações de itinerários consoante os gostos dos utilizadores.
Dentro deste campo, as áreas mais pesquisadas são, por norma, os restaurantes e os bares. Com isto em mente, empresas como a TripAdvisor já adquiriram mais de dez projetos que permitem pesquisar e agendar as suas refeições. Exemplo disto foi a aquisição da conhecida TheFork.
Bagagem inteligente – smart luggage:
Há um número considerável de start-ups a lançar bagagem inteligente. Atualmente, este conceito incluí malas (mochilas, pastas, etc) que têm entradas USB, carregadores incorporados e até dispositivos GPS.
Surpreendentemente, grande parte dos projetos inseridos nesta área financiam-se através de campanhas de crowdfunding e apresentam modelos de negócio diferentes do tradicional. No caso da Away, que já recebeu mais de 25 milhões de euros em investimento, para diminuir os custos para o cliente, a start-up não tem intermediários, ou seja, vende diretamente ao consumidor final. Algo que não acontece com os métodos de venda tradicionais.
*fotografia de Slava Bowman.