Fórum Económico Mundial quer que países integrem bitcoins nas suas economias
A adoção de criptomoedas cresceu 2.300% desde 2019 e as atividades ilícitas que envolvem criptoativos são menos frequentes do que no sistema financeiro tradicional, avança o Fórum Económico Mundial.
O Fórum Económico Mundial (WEF, na sigla em inglês) defende que os países precisam de aumentar a integração das criptomoedas nas suas economias. De acordo com o WEF, a adoção global das criptomoedas cresceu 2.300% desde 2019 e 881% só no último ano.
“O bitcoin evoluiu de uma pequena comunidade de nicho na Internet para um ativo amplamente conhecido por investidores, empresas e gestoras de investimentos”, revela.
A organização aponta razões para o forte crescimento das criptomoedas, nomeadamente a desvalorização das moedas fiduciárias, os elevados custos cobrados no sistema financeiro tradicional para processar transações, o surgimento e o ganho de escala de stablecoins que facilitam a integração entre os sistema financeiro tradicional e o ecossistema de criptoativos, e o surgimento de tecnologias de registo distribuído.
E sugere que os países sigam os exemplos das 20 nações mais avançadas na integração de criptoativos na economia, começando pelo Vietnam.
A organização diz ainda que é preciso mudar a mentalidade das autoridades, que alegam que as criptomoedas são usadas para atividades criminosas.
“Entretanto, atividades ilícitas envolvendo criptomoedas são significativamente menos frequentes do que no sistema tradicional e respondem por apenas 0,34% de todas as transações com criptoativos”, frisa.
Sobre as tentativas dos órgãos de impedir os criptativos, o WEF defende que “banir as criptomoedas não pode evitar a sua adoção; vai apenas limitar a capacidade dos reguladores de conduzir as atividades de mercado rumo a usos e empregos com menos risco”.