Triggers procura start-ups comprometidas com a transição verde que poderão testar soluções em Cascais

Programa da Casa do Impacto tem candidaturas abertas até 5 de março. Este ano os participantes vão poder testar as suas soluções no concelho de Cascais.

O Triggers, programa de aceleração para projetos ambientais da Casa do Impacto, da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa (SCML), arranca com a segunda edição que é, pela primeira vez, apoiada pela Câmara Municipal de Cascais. Esta parceria vai permitir aos empreendedores testar e explorar as suas soluções no concelho. A fase de candidaturas decorre até 5 de março.

Este programa pretende estimular a geração de novas ideias de impacto ambiental e a sua transformação em soluções tecnicamente viáveis e financeiramente sustentáveis, e que respondam aos desafios da desflorestação, mudanças climáticas, poluição, degradação dos solos, gestão de resíduos, extinção de espécies (animal e vegetal) e mobilidade Urbana, explica a Casa do impacto em comunicado.

“Continuamos a trabalhar para posicionar Portugal como uma referência europeia para o impacto ambiental e social, e vamos continuar a apoiar através da incubação, aceleração e investimento nas novas ideias e nos empreendedores para conseguirmos levar as soluções inovadoras aos mais diversos territórios. Hoje, começamos aqui bem perto a explorar estes modelos, em Cascais”, diz Inês Sequeira, diretora da Casa do Impacto.

Já Joana Balsemão, vereadora da Câmara Municipal de Cascais, refere que “em parceria com a Casa do Impacto, queremos cocriar e apoiar o setor do empreendedorismo de impacto no desenvolvimento e teste das suas ideias em ambiente real, com o objetivo de acelerar a transição verde e justa. Acreditamos que daí sairão benefícios ambientais, económicos e sociais para todos. Para este ano, definirmos como prioridades a economia circular, a economia do mar e a agricultura urbana regenerativa”.

Terminado o período de candidaturas, e depois de uma pré-seleção, inicia-se a fase de Ideação e Matchmaking, para a criação de equipas versáteis, complementares e colaborativas. Serão selecionadas 30 equipas para a fase de Bootcamp e, no final deste período, 10 projetos passam à fase de aceleração, que vai decorrer ao longo de três meses, com o objetivo de potenciar o modelo de negócio e a sustentabilidade dos projetos.

Depois de passarem por uma fase de incubação para a concretização das etapas de prototipagem, com o desenvolvimento de um Minimum Value Product, e teste, os vencedores recebem prémios no valor total de 30 mil euros e a possibilidade de apresentarem o projeto a potenciais investidores.

Na primeira edição, o Triggers premiou três projetos ambientais. O primeiro prémio foi para a start-up La Virgule, que torna o mundo do desporto numa realidade circular com mais de mil mochilas sustentáveis vendidas, e o segundo e terceiro lugares foram para a AniMob, que oferece um serviço de partilha de terreno e gado e que tem atualmente um projeto piloto em curso, e para o Studio 8, que transforma os resíduos de demolições e construção civil em materiais de revestimento. Os três vencedores estão incubados na Casa do Impacto a desenvolver e escalar os seus projetos, tal como acontecerá aos vencedores da segunda edição.

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