“Filho sem Fila”: a app brasileira que está de olho no mercado norte-americano
Através da app “Filhos sem fila”, os pais de alunos podem avisar os porteiros de que estão próximos da escola, evitando congestionamentos de trânsito.
Uma ideia que surgiu no trânsito a caminho da escolha do filho e que, em três anos, já atravessou as fronteiras do Brasil. A app “Filho sem Fila” serve de referência a empreendedores que encontram nos problemas do quotidiano oportunidades de fazer negócios bem-sucedidos. De acordo com a Associação Brasileira de Startups, existem mais de 4 mil start-ups registadas, com mais de 38 mil empreendedores digitais já envolvidos em todo o Brasil.
Quem nunca ficou stressado por estar num congestionamento gerado nas imediações das escolas, na hora da saída dos alunos? Sejam pais, responsáveis ou vizinhança, todos sofrem com o caos que se instala na formação de filas duplas, paragem de carros em locais proibidos, etc. Foi a pensar neste tipo de situações que o empresário Léo Gmeiner desenvolveu uma ferramenta para minimizar o trânsito local junto das escolas.
“Com apenas um toque, os pais avisam a escola de que vão buscar o filho. Quando se aproximam do colégio, uma notificação é automaticamente enviada para que o aluno seja preparado com antecedência”, explica Gmeiner. “Trata-se de uma solução para minimizar os problemas que presenciamos no dia a dia das instituições escolares. Reduzimos em 75% o tempo de espera, o que gera economia de tempo, combustível, sem falar na segurança e no risco de apanhar multas”, acrescenta.
Atualmente, o “Filho sem Fila” chega a mais de 100 escolas no Brasil e, com o mercado brasileiro em expansão, a meta para 2017 é crescer 50%. Mas a aplicação tem planos mais ambiciosos. De olho no mercado externo, o “Filho sem Fila” tem como primeiro alvo o mercado norte-americano, pelo que, recentemente, participou num programa de aceleração intensiva no Canadá, quando o sistema foi preparado para este mercado. “Fomos eleitos uma das dez start-ups não canadianas mais promissoras de 2016, pela Naco – National Angel Capital Organization, durante a conferência anual”, conta Gmeiner.
De olho no sucesso desta start-up, outros empreendedores passam a acreditar que um negócio bem planeado e estruturado pode dar certo. “Empreender no Brasil, tendo em conta os desafios, é um grande prazer e, também, uma enorme aprendizagem. E internacionalizar o produto e a empresa não é diferente”, encerra Gmeiner. Um estudo realizado pela consultora especializada A Arte da Marca apontou que o Brasil é o 12º mercado mais promissor para start-ups do mundo.