Esta start-up unicórnio quer construir um Matrix com realidade aumentada

Chama-se Improbable, embora o seu nome não lhe faça justiça. A tecnologia desta start-up permite reproduzir virtualmente cidades inteiras em grande escala e já lhe permitiu superar os 1.000 milhões de dólares de valorização.

A Europa já tem um novo unicórnio e trata-se de uma empresa de apenas cinco anos. A tecnologia desta start-up londrina levantou uma ronda de investimento de capital de risco de 502 milhões de dólares (445 milhões de euros), uma das maiores da Europa e a quinta maior no Reino Unido na última década, o que lhe permitiu superar a barreira dos 1.000 milhões de valorização.

O seu nome é Improbable, embora, tendo em conta estes números e o que é capaz de fazer, não lhe faça justiça. Durante os últimos cinco anos, especializou-se em criar mundos virtuais para videojogos, mas não foi isto que despertou o interesse dos investidores.

A sua tecnologia, batizada como SpatialOS, é uma plataforma de computação distribuída que utiliza realidade virtual e aumentada para fazer simulações a grande escala de cenários reais, o que tem um sem-número de aplicações no setor da saúde, económico e das infraestruturas.

Simulando cidades à escala real, podem-se melhorar as cidades, compreender a economia de outras regiões e resolver outros problemas complexos, explicou o conglomerado tecnológico japonês SoftBank, principais investidores desta nova ronda conseguida pela Improbable.

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Com efeito, esta start-up já está a desenvolver projetos com outras empresas. Por exemplo, com a Immense Simulaciones, experimentaram a simulação de estradas e ruas de uma cidade, para testar o seu software de gestão de veículos autónomos.

O governo britânico também utilizou o software da Improbable para se proteger dos ciberataques, criando uma simulação de toda a Internet para detetar vulnerabilidades.

Consiste em criar um Matrix, disse o CEO da start-up, Herman Narula. Algo nada simples e muito difícil, que levará o uso da realidade aumentada a outro nível, para o qual a nova injeção de capital será fundamental. Para isso contratarão programadores e cientistas informáticos, além de comerciais, que vão engrossar uma equipa que já conta com 180 pessoas distribuídas entre Londres e San Francisco.

 

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