Empresas no Japão terão que revelar diferença salarial entre homens e mulheres

O Japão vai passar a exigir que as empresas divulguem a diferença salarial entre homens e mulheres a partir do final deste mês, uma medida que faz parte dos planos do “Novo Capitalismo”, do primeiro-ministro Fumio Kishida.

O governo japonês quer que as empresas passem a divulgar o valor que pagam a mais no salário dos homens em comparação com o das mulheres, avança a “Bloomberg”.

A medida surge no âmbito do projeto “Capitalismo Novo”, iniciativa do primeiro-ministro japonês Fumio Kishida que passa pelo aumento dos salários para fomentar o consumo, a produção e o crescimento económico, com vista a promover uma melhor distribuição da riqueza.

A obrigação de divulgar o fosso salarial entre géneros deverá ser aprovada em junho pelo executivo de Tóquio e terá de ser cumprida aquando do fecho do ano fiscal das empresas, ou seja, na primavera.

De acordo com a “Bloomberg”, a regra será aplicada a partir do final de junho a empresas com mais de 300 funcionários, independentemente de serem cotadas em bolsa ou não.

Além disso, a medida exige também que as empresas que apresentarem uma razão válida para as diferenças salariais serão desafiadas a dar uma explicação no seu site oficial ou através de outros meios.

As mulheres japonesas ganham apenas 77,5% do que os homens auferem. A média da OCDE é de 88,4%. O Japão apresenta a maior diferença salarial entre géneros em comparação com a Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Itália, e Reino Unido (G7).

Fonte: OCDE

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