Empresas assumem novas prioridades tecnológicas devido à pandemia

95% das empresas mudou as suas opções tecnológicas, 81% dos profissionais revela maior stress e 87% vê a crise provocada pela pandemia como uma oportunidade. As conclusões são de um estudo Cisco.
O The Agents of Transformation, um estudo realizado pela AppDynamics, uma empresa do universo Cisco, concluiu que 95% dos inquiridos alterou as suas prioridades tecnológicas face à existência da pandemia. Por outro lado, mostra ainda os departamentos de tecnologias de informação estão a facilitar o teletrabalho dos colaboradores, garantindo a disponibilidade de redes e aplicações e reforçando a segurança, ao mesmo tempo que assumem novas funções e responsabilidades. Mas são vários parâmetros contemplados nesta análise, entre os quais os stress tecnológico provocado pela Covid. E, neste âmbito, constatou que
81% dos profissionais de TI afirma que a pandemia colocou os seus departamentos sob a maior pressão tecnológica que alguma vez haviam enfrentado. Ou seja, seis em cada 10 (61%) sentem mais stress no trabalho do que nunca; a grande maioria (64%) afirma realizar tarefas e atividades que antes não eram da sua responsabilidade.
O que respeita à aceleração dos processos de digitalização, 66% dos inquiridos confirmou que a pandemia expôs as falhas das suas estratégias digitais, o que criou a urgência de acelerar os programas de transformação digital. Assim, 74% frisou que os projetos de digitalização que, normalmente, demorariam mais de um ano a ser aprovados, foram-no agora em poucas semanas; e 71% assinalou que conseguiu implementar projetos de transformação digital em meras semanas, ao invés de meses ou anos.
A relação com o cliente também esteve em destaque neste estudo da AppDynamics. E neste ponto, 88% dos profissionais de TI inquiridos considerou a experiência digital do cliente como a sua prioridade tecnológica primordial. No entanto, oito em cada 10 não podem oferecer uma experiência ótima ao cliente devido à falta de visibilidade sobre o desempenho das suas soluções tecnológicas. Entre os principais problemas identificados durante pandemia destaque para a gestão dos picos de tráfego do website (81%); para a falta de visibilidade e compreensão unificada sobre o desempenho das soluções tecnológicas e o seu impacto nos clientes (80%); e para a gestão do tempo médio de resolução com um departamento de TI remoto (70%).
Por sua vez, os profissionais de TI exigem às suas organizações apoio e recursos específicos para fazer frente aos novos desafios. 92% considerou que o fator mais importante é ter visibilidade e compreensão do desempenho das TI e o seu impacto nos clientes. Outras áreas fundamentais para as quais reivindicam apoio foram as metas e objetivos claros (90%); dados em tempo real (89%); autonomia e responsabilidade (88%): e liberdade para experimentar e assumir riscos (87%).
Perante o atual cenário, e apesar da pressão sentida, 87% dos profissionais de TI considera a situação como uma oportunidade para demonstrar o seu valor na empresa. Oito em cada 10 (80%) afirmou que a resposta das suas equipas durante a pandemia alterou positivamente a perceção das TI dentro da empresa. 83% dos inquiridos considera que o seu papel como Agente de Transformação é fundamental para que as empresas possam recuperar rapidamente e implementar a transição com sucesso.