Critical Software integra consórcio para ajudar a limpar o Espaço

O consórcio da ClearSpace assinou um contrato com a Agência Espacial do Reino Unido para remover dois objetos inativos na órbita da Terra. A Critical Software integra a iniciativa.
A Critical Software faz parte do consórcio da ClearSpace que tem como missão remover detritos do Espaço, uma tarefa alocada pela Agência Espacial do Reino Unido. A tecnológica internacional fornecerá os seus serviços especializados para o controlo dos equipamentos e para a deteção e recuperação de falhas dos sistemas.
A empresa de tecnologia e software para sistemas críticos faz parte do grupo de nove organizações que terá como objetivo final a remoção de dois satélites inativos da órbita da Terra há mais de 10 anos. Estes satélites poderiam permanecer em órbita durante um século se não fossem removidos e estão localizados a 700 quilómetros de altitude, pondo em perigo o ambiente e a segurança de outros satélites ativos, refere a empresa.
“Estamos entusiasmados por nos juntarmos ao ClearSpace como parte deste consórcio pioneiro. Há mais de cinco mil objetos não funcionais a orbitar na Terra e mais de três mil satélites ativos. Com a densidade deste tráfego espacial a aumentar, a remoção destes objetos é cada vez mais importante para ajudar a proteger os satélites de colisões”, explicou Rodrigo Pascoal, Business Development Manager da Critical Software.
“Trabalhando em conjunto com o nosso escritório no Reino Unido, queremos ajudar a abrir caminho para uma era em que o espaço é mais sustentável, eliminando o risco crescente de detritos ameaçarem os satélites dos quais tantos sistemas críticos dependem”, concluiu.
Ao remover esses satélites, o consórcio ClearSpace visa criar novas formas de remover o lixo espacial, reduzindo o risco de colisões com infraestruturas espaciais ativas subjacentes a muitos sistemas críticos, tais como transportes, serviços de internet, monitorização das alterações climáticas e previsões meteorológicas.
Recorde-se que em outubro do ano passado, a Agência Espacial Britânica tinha adjudicado ao consórcio ClearSpace a realização de um estudo de viabilidade para esta missão de remoção de pelo menos dois satélites abandonados de órbita terrestre baixa (LEO). Agora foi adjudicado um novo contrato para passar à fase de conceção da missão, que durará até ao final de 2023.