Crise Covid-19: 6 dicas para voltar ao mercado de trabalho

Passamos por tempos incertos, o que leva muitos profissionais das mais variadas áreas a temerem pelos postos de trabalho. Assim, convém ir tomando medidas preventivas e fazer preparativos para se colocar na melhor posição possível, caso o seu emprego seja posto em causa.

Milhões de pessoas viram as suas vidas profissionais mudar de forma drástica na altura do confinamento. E, embora muitos dos postos de trabalho tenham sido protegidos pelos empregadores e programas governamentais, há sinais de que um grande número ainda está em risco.

Há grupos de classes profissionais que foram particularmente afetados, como os trabalhos em hotelaria, recreação e entretenimento. E os freelancers viram uma grande parte do trabalho do que faziam desaparecer à medida que as empresas cessaram ou cortaram os orçamentos para este tipo de regime.

Sarah Coles, analista de finanças pessoais na empresa britânica de investimento Hargreaves Lansdown, afirma que “quase uma em cada cinco pessoas (17%) diz que esta crise a convenceu que deveria procurar um emprego mais seguro”. Isto “aumenta para quase 1 em cada 3 (30%) nas pessoas dos 18 aos 34 anos, segundo a nossa pesquisa recente”, declara ao jornal Mirror.

Ou seja, “a procura de trabalho ficou mais difícil, porque o número de empregos anunciados caiu a pique. O número de vagas em maio desceu para um recorde de 476 mil. São menos 342 mil em relação aos três meses anteriores – e a maior queda desde o início dos registos” em solo britânico.

O mercado global de trabalho tem meses terrivelmente incertos e inseguros pela frente, pelo que pode ser uma boa ideia começar a fazer os preparativos para se colocar na melhor posição possível no sentido de reagir e recuperar caso perca o emprego.

1. Crie um bom currículo
Tenha em mente que há de momento cerca de 20 pessoas para cada trabalho e, em algumas áreas, o número está mais próximo de 50, portanto, o seu currículo precisa realmente de se destacar na multidão. Crie um currículo principal com o seu historial e experiência profissional e, em seguida, adapte-o a cada trabalho para o qual se candidatar.

Depois de ter o currículo pronto, procure erros gramaticais e de ortografia. Pode pedir a alguém que conhece – e que o conhece bem – que dê uma vista de olhos para garantir que está a apresentar-se da melhor maneira possível.

2. Aposte no LinkedIn
Todos os tipos de empresas anunciam vagas nesta rede social, que também ajuda a que possíveis empregadores o encontrem. Veja se o seu perfil está atualizado. Dedique um tempo a vincular as suas ligações e a ligar-se a quem conhece. Nunca se sabe quem pode ter um emprego. Pode ser uma boa maneira de descobrir mais sobre o potencial próximo chefe ou empresa ao ligar-se a eles e ficar a saber como operam.

3. Verifique as outras redes sociais
Há a possibilidade de os futuros empregadores o procurarem nas redes sociais, daí que convém fazer o esforço de examinar as suas contas para garantir que são adequadas aos olhos de potenciais chefes. Se tem contas particulares, verifique as configurações para limitar quem as pode ver.

Antes de tornar um post público, pense se se sente confortável que um futuro empregador o veja. As piadas e fotos pessoais podem ser divertidas entre amigos e familiares, mas não serem apropriadas para ser vistas em contexto profissional.

4. Melhore as suas competências
São vários os cursos online gratuitos para ajudar a melhorar as competências digitais aos quais vale a pena dar uma vista de olhos. Encontra, por exemplo, cursos que o ajudam a entender as TI e a utilizar programas como o Excel, PowerPoint ou até o Word.

5. Seja flexível
O número de empregos anunciados varia de setor para setor. Considere se tem capacidades que possa aplicar em diferentes áreas e se é exequível mudar para um setor em crescimento – pelo menos por enquanto. Muitas competências são transferíveis de um setor para outro, só precisa de ser inteligente na forma como as apresenta no seu currículo e em entrevistas.

6. Dedique tempo
Procurar emprego é um trabalho a tempo inteiro. Precisa de estar preparado para percorrer os sites de emprego todos os dias e adaptar o seu currículo e carta de apresentação a todas as funções disponíveis. Não se limite a enviar um CV por dia: quanto mais enviar, maiores são as probabilidades de conseguir um emprego.

Pode ser deprimente passar por intermináveis anúncios de emprego, responder e ser rejeitado (quando se é rejeitado/obtém qualquer resposta). Mas persevere e continue a tentar – vai dar frutos. Só tem de não desistir.

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