Como formar estagiários à distância? Start-up norte-americana desenvolve solução.

No atual contexto, apoiar e motivar à distância as equipas, garantindo o necessário engagement e produtividade, é um desafio. Para ajudar as empresas a retomarem os seus programas de estágio, a start-up norte-americana Symba desenvolveu uma ferramenta de software que permite comunicar e colaborar com os estagiários onde quer que estejam.

A pandemia de Covid-19 fez com que muitas empresas reduzissem ou cancelassem os programas de estágio. Mas tal como no ensino à distância, as start-ups que mantiveram os programas de estágio enfrentam um enorme obstáculo: como formar e ensinar estagiários à distância sobre a sua empresa? Para responder a este desafio, foi criada a Symba, uma start-up sediada na Califórnia e com 12 pessoas que desenvolveu uma ferramenta de software para ajudar as empresas, como, por exemplo Robinhood e Genentech, a criar um espaço online para comunicar e colaborar com os seus estagiários agora dispersos.

Segundo o TechCrunch, a Symba disponibiliza um espaço de trabalho plug-and-play para estagiários e gestores. Os estagiários inscrevem-se no Symba através de uma landing page e são direcionados para um espaço de trabalho. A partir do momento em que estão inscritos, podem alternar entre feedback, comunidade, perfis e projetos. Há também uma área inteira para tutoriais de integração e história da empresa.

Ahva Sadeghi, CEO da Symba, em conjunto com o cofundador e CTO Nikita Gupta, desenvolveram todo o site de raiz. O Symba foi construído focado na criação de canais de feedback entre estagiários e gestores. O sistema apresenta uma tab dedicada exclusivamente ao feedback, onde os gestores podem classificar de forma consistente os seus subordinados, seguindo uma escala de classificação. Os estagiários também podem solicitar feedback.

Cada utilizador é convidado a criar um perfil para que outros estagiários possam entrar em contacto e saber mais sobre si. Para uma comunicação direta, o Symba incorporou uma solução de Slack para utilizadores que desejam falar diretamente. Por outro lado, os gestores, podem fazer login, atribuir tarefas e verificar a evolução dos seus estagiários subordinados diretos. O feedback também é monitorizado durante todo o estágio, para acompanhar a evolução e definir quem merece uma oferta trabalho.

Mais de 15 mil projetos internos criados
Os responsáveis da Symba estão otimistas relativamente ao funcionamento da ferramenta. Os utilizadores acedem ao software em média entre seis a nove vezes por dia, e há mais de 15 mil projetos internos criados no Symba. A start-up não divulga a receita, devido à fase em que se encontra, mas é possível saber que os clientes pagam entre 30 a 50 dólares (33 a 42,9 euros) por utilizador por mês. A dimensão média de um cliente Symba é de 80 utilizadores, mas têm clientes com mais de 2 mil estagiários.

Além de se materializar num mundo pós-pandémico, a Symba apresenta-se numa solução para clientes como bootcamps, aceleradores ou bolsas. Se for capaz de conseguir clientes durante todo o ano, será capaz de equilibrar a sazonalidade de sua receita atual de estágios de verão. O sucesso até agora é promissor: o impulso inicial ajudou a Symba a levantar 750 mil dólares (643 mil dólares) de vários investidores, incluindo 1517 Fund, January Ventures e Hustle Fund.

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