A crise pandémica conduziu a que o Estado viesse a desempenhar um papel relevante na resposta às emergências sanitárias e económicas que a crise espoletou.
Para além da barbárie, do rasto de destruição e do retrocesso civilizacional que a Europa sofreu, o pós-guerra mundial de 39-45 gerou uma onda de intervencionismo estatal, nuns casos conducente ao comunismo - Europa de Leste e Rússia - noutros à adopção de políticas socialistas que provocaram enormes retrocesso no desenvolvimento económico dos países europeus. A liberalização dos anos 80 inverteu significativamente essa situação.
Em julho de 1961, o homem pôs, pela primeira vez, os pés na Lua. Um feito notável, revelador da capacidade de a humanidade se exceder nos seus limites, um epigrama anti-pessimista sobre o nosso futuro e a capacidade de nos reinventarmos permanentemente.
Nas últimas décadas a Europa lançou duas soluções de transporte aéreo, consideradas tecnologia de ponta: o Concorde - o único avião supersónico de passageiros de mundo que efetivamente voou numa base regular - e o Airbus380 - o maior avião de transporte de passageiros do mundo de todos os tempos.
Mercê das crises financeiras da última década e dos imensos casos de corrupção que corroeram muitos países e sociedades o apelo ao socialismo e a negação das vantagens da sociedade capitalista têm registado uma crescente ressonância nos media e em muitos setores da sociedade.
Março de 2000: as valorizações completamente irrealistas das chamadas dot.com, alimentadas pela combinação virtuosa de muita liquidez e o “hype” da “nova economia” têm o seu confronto com a realidade.Entre essa data e finais de 2002 um grande número de cotadas faliu e os mercados sofreram um ajuste brutal “back to reality”.
Vivemos no nosso país um período rico de iniciativas empresariais em que a dimensão sustentada por jovens empreendedores é muito significativa.
A crise financeira de 2008, com todo o seu impacto económico e social, gerou efeitos políticos que ainda hoje, passados 10 anos, continuamos a sentir.
É bem sabido das debilidades estruturais do tecido empresarial português. O protecionismo do Estado Novo a que sucedeu o processo de nacionalização das maiores empresas nacionais gerou um colossal efeito de destruição de capital, de que ainda hoje não recuperámos completamente.
A evolução tecnológica registada nas últimas décadas e que tem tornado o mundo cada vez mais digital tem induzido um processo de inovação crescentemente não linear em todas as áreas da inovação.
O National Intelligence Council dos EUA publicou em janeiro deste ano um estudo denominado “Global trends: paradox of progress”, onde analisa as principais tendências a nível económico e social com que o mundo deverá confrontar-se nos próximos 20 anos.
Se dermos muito valor aos grandes títulos da imprensa ou virmos as “flash news” da oferta quase infinita, mas imensamente monocórdica, dos canais televisivos noticiosos, seremos levados a concluir que vivemos em tempos particularmente perigosos, com um futuro negro pela frente.