China vai criar a sua própria Silicon Valley até 2035

O governo chinês quer criar a sua própria Silicon Valley numa zona com 70 milhões de pessoas e que compreende cidades como Shenzhen, Hong Kong e Macau.

O governo chinês anunciou recentemente planos para a criação de um novo ninho de inovação tecnológica. A ideia é competir diretamente com Silicon Valley, mas com uma área surpreendentemente maior do que o vale norte-americano.

Os planos passam por criar uma bay area idêntica à de São Francisco. Contudo, a baía chinesa compreende 11 cidades da zona Sul do país, entre as quais estão incluídas a reconhecida capital mundial do hardware Shenzhen, o centro financeiro de Hong Kong e Macau, a maior zona de casinos do universo oriental.

A iniciativa vem no seguimento de uma tentativa de diversificar a atual oferta de emprego no país, ainda bastante sustentado pelo trabalho em fábricas. Espera-se a criação de ocupações qualificadas e a construção de uma economia impulsionada pelo consumo e inovação.

Segundo noticia a publicação inkstone, o objetivo é também aproximar e integrar mais eficazmente as ex-colónias europeias de Macau e Hong Kong no resto do território chinês.

Com esta estratégia, a China espera, até 2035, alocar algumas das melhores empresas, universidades, portos e tecnologias avançadas numa só região – a denominada Greater Bay Area. De acordo com fontes locais, o Governo chinês já designou os papéis que cada cidade vai ter nesta transformação, desde a parte financeira à inovação e ao turismo.

Apesar da China ter talento no espaço tecnológico, as melhores escolas de engenharia e ciência estão localizadas nas zonas do Norte e Este do país.

Saliente-se que vivem cerca de 70 milhões de pessoas na zona incluída nos planos do Governo de Xi Jinping. Isto traduz-se numa população dez vezes maior à da baía de São Francisco, nos Estados Unidos, e seis vezes maior à da área metropolitana de Nova Iorque. Apesar destes números, o produto interno bruto per capita da região corresponde apenas a um quinto do de São Francisco e a um quarto do de Nova Iorque – o que comprova a importância da diversificação do mercado de trabalho.

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