Chefes cometem erros e os colaboradores demitem-se. Saiba porquê.

Há erros cometidos pela liderança que desmotivam as suas equipas. A falta de valorização e a ausência de momentos de diversão, e de brincadeira podem pesar na hora do colaborador pedir a demissão.

Se o seu chefe fosse como Miranda Priestly, a personagem interpretada por Meryl Streep em “O Diabo Veste Prada”, pediria a demissão? E se fosse antes como Michael Scott, o personagem de Steve Carell na série americana The Office?

A decisão de deixar um emprego e uma empresa não acontece da noite para o dia. Normalmente, os fatores que levam à desistência podem ser muitos e podem ser despoletados pela chefia.

A Fast Company enumerou as situações que diminuem a vontade de uma pessoa trabalhar numa empresa e que estão relacionados com as atitudes dos chefes.

1. Falta de valorização
As pessoas passam muito tempo no trabalho e, se tiverem a sensação de que não estão a ser valorizadas, isso vai influenciar negativamente a sua energia e a vontade de dar o seu melhor.

A falta de valorização pode aparecer de várias formas. A falta de reconhecimento pelas realizações do funcionário é o exemplo mais comum. Quando o colaborador trabalha com afinco, mas ninguém o valoriza, isso diminui a sua vontade de continuar a fazer mais e melhor.

2. Deslealdade e favoritismo
Por mais que existam diferentes níveis de talento e de responsabilidades dentro das empresas, espera-se que as regras de conduta e os critérios para promoções sejam aplicados de forma igualitária. Poucas situações são tão perturbadoras como aquelas em que percebemos que as regras que nos são impostas não estão a ser seguidas pelos superiores.

Outra questão delicada e que realmente prejudica o desempenho é quando as pessoas percebem que as promoções estão a ser dadas com base em favoritismos e não por meritocracia. O ressentimento e a raiva causadas por essas situações criam uma cultura tóxica, que faz com que os bons funcionários peçam a demissão.

3. Falta de autonomia no trabalho
O trabalho como um todo tem muito a ganhar quando os chefes confiam nos seus subordinados e quando contam com eles para assegurar o que for preciso. Os líderes que atuam como orientadores e guias veem a sua equipa a ter um desempenho muito melhor do que aqueles mais controladores, que fazem microgestão.

4. Não demonstrar interesse pelas paixões dos funcionários
É preciso trabalho, esforço e conhecer as pessoas para descobrir quais são as suas paixões. Os empregadores que acreditam que os funcionários são contratados simplesmente para preencher um cargo e que deveriam deixar as suas paixões em casa têm que lidar com um nível de rotatividade significativo.

Em contrapartida, as organizações que se esforçam para encontrar conexões entre o trabalho das suas equipas e as suas paixões estão a apresentar um aumento na produtividade, taxas mais altas de satisfação e um ambiente mais feliz.

5. Valorizar a equipa de modo genérico e impessoal
Muitas organizações reservam datas especiais para homenagear os trabalhadores, promovendo eventos em que todos são reconhecidos e tratados da mesma forma. O problema é que nem todos têm as mesmas competências, nem todos contribuem igualmente ou fazem o mesmo esforço.

Receber o mesmo reconhecimento de quem faz o mínimo possível incomoda quem vai mais além, quem traz mais entusiasmo e dá o melhor de si todos os dias. Não basta reconhecer as realizações de forma impessoal. Cada funcionário deveria sentir-se confortável para comunicar como espera ser reconhecido.

6. Ausência de sentido
Uma característica pela qual a geração dos millennials se tornou conhecida é o querer que o seu trabalho tenha um significado maio e sentir que está a fazer a diferença. As organizações devem entender qual é a missão do funcionário e partilhá-la, de forma a garantir que todos entendam como a sua contribuição individual faz a diferença. Todos querem sentir orgulho do seu trabalho e da empresa para a qual trabalham.

7. Repreender a diversão e a brincadeira
No passado, a ideia de diversão no trabalho deixava os líderes assustados. Trabalho era trabalho e esperava-se que as pessoas se divertissem fora do escritório. Hoje, a diversão no trabalho é uma ótima maneira de revigorar as equipas, dar-lhes mais motivos para estar ali e até mesmo aliviar o stress e o tédio.

Quando as pessoas são encorajadas a divertir-se no seu local de trabalho, ficam mais relaxadas, são capazes de construir relações de amizade com os colegas e sentem-se motivadas para trabalhar melhor.

Comentários

Artigos Relacionados