Bridge In angaria 100 mil euros junto de investidores britânicos

A start-up portuguesa angariou capital de investidores britânicos para desenvolver uma plataforma de apoio a equipas distribuídas.

A Bridge In anunciou ontem ter conseguido levantar 100 mil euros em financiamento pre-seed de um grupo de investidores britânicos. Com os novos recursos financeiros, a start-up portuguesa – que disponibiliza uma oferta integrada para start- ups tecnológicas que procurem expandir os seus negócios e abrir centros de tecnologia – pretende criar uma rede de suporte a equipas distribuídas e desenvolverá a sua visão para o futuro do trabalho.

A Bridge In está focada em ajudar as start-ups a abrir um centro de tecnologia em Portugal, seguindo os passos de outras empresas como Cloudflare, Salsify ou Dashlane, explicou Pedro Henriques, cofundador e CEO.  Para este profissional, Portugal oferece uma localização estratégica entre os mercados dos EUA e da União Europeia e oferece um bom custo-benefício. Através da sua experiência local e da rede de parceiros, a start-up fornecerá todos os serviços necessários para abrir o núcleo tecnológico, contratar talentos e iniciar a atividade.

“Para que nossa visão de núcleos de equipas distribuídas seja concretizada, o suporte da força de trabalho global necessita ser simplificada. É por isso que queremos criar um marketplace empresarial para fornecer aos gestores uma visão holística dos seus ativos globais e permitir a gestão de parceiros locais”, explicou.

Pedro Henriques revelou ainda que os planos “incluem a abertura de operações locais noutro país em 2021 e três locais adicionais em 2022. Estes locais serão selecionados criteriosamente com base na nossa matriz de 10 pontos de avaliação do que constitui um bom centro de tecnologia, incluindo obviamente a experiência e disponibilidade de talentos, mas também a proficiência na língua inglesa, infraestrutura do país, estabilidade política e padrão de vida ”.

O CEO da Bridge In frisou que “iniciar um negócio durante uma crise económica pode parecer desaconselhável, mas a adaptabilidade é essencial para sobreviver às disrupções no mercado e as start-ups são, por definição, muito ágeis e flexíveis, estando assim melhor preparadas para se ajustar rapidamente às necessidades do mundo pós-pandemia”.

O cofundador do projeto lembra que a pandemia obrigou empresas de todos os tamanhos a adaptarem-se para suportar uma força de trabalho remota, acelerando o futuro do trabalho que será cada vez mais independente da localização. Uma realidade cada vez mais frequente, especialmente para os profissionais da área tecnológica. O que na sua perspetiva abre a oportunidade para que as empresas tecnológicas se reorganizem em equipas distribuídas, em vez de quererem que todos os colaboradores se desloquem diariamente para um escritório central dispendioso.

“Assim como na infraestrutura computacional, a divisão da força de trabalho em equipas distribuídas aumenta a resiliência da empresa, além de facilitar um suporte operacional global. Com as vantagens adicionais de uma maior eficácia financeira e acesso a uma base de talentos mais alargada”, comentou.

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