Americana Upstream lança grupo de procura de emprego

A pouco e pouco, a pandemia Covid-19 vai originando situações de lay-off em todos os setores a nível mundial. Mas, como em todas as adversidades, o engenho e a inovação começam surgir e a criar alternativas. É o caso da plataforma Upstream, nos EUA.
Em novembro de 2019 Alexander Taub e Michael Schonfeld lançaram a plataforma Upstream, uma rede social para profissionais, junto de um pequeno grupo de cerca de 800 beta testers. O objetivo era proporcionar um espaço onde se pudesse interagir e solicitar apresentações numa plataforma digital móvel mais user friendly que os grupos no LinkedIn. O plano era lançar a plataforma publicamente este ano, no verão.
Mas o plano teve de ser alterado. Como em consequência do novo coronavírus, várias as empresas estão a reduzir funcionários e a optar pelo lay-off, os cofundadores da Upstream optaram por lançar plataforma mais cedo com o objetivo específico de tentar debelar os lay-offs resultantes do Covid-19.
Alexander Taub explicou à TechCrunch que, “quando o coronavírus atingiu os EUA, pensámos que o desemprego iria ser desenfreado. Uma coisa é ter uma depressão em recessão, mas irá haver uma curva de procura zero, porque não podemos ir lá fora. Pelo que vai ser muito mau”. Como resultado, decidiram duplicar algo que já estavam a ver acontecer na plataforma de forma orgânica: a procura e colocação de emprego e recomendações de funções.
Assim que o utilizador se inscreve na plataforma pode ingressar no grupo Covid-19, onde escolhe o que deseja publicar: se quer contratar, se procura emprego, ou quer dar apoio. Ter apenas estes três tipos de posts, esclarece Alexander Taub, é parte da razão pela qual a Upstream é diferente de um grupo Slack ou do LinkedIn. Assim que um post é colocado, os utilizadores podem enviar mensagens diretamente a outros utilizadores do grupo para acompanhar uma publicação de trabalho ou ter uma introdução/apresentação.
Quando questionado sobre como a plataforma se está a preparar para um possível aumento na utilização deste grupo, Alexander Taub diz que, “se explodir, vamos colocar uma funcionalidade” para limitar a quantidade de posts publicados a cada minuto. Há outros grupos na plataforma que ainda não estão abertos ao público, como o Jews in Tech, o Business Development ou o Earlybirds.
Alexander Taub declarou à TechCrunch que ele e Michael Schonfeld lançaram a Upstream com o objetivo de se centrarem nos profissionais de tecnologia. Mas, nos últimos meses, notaram que membros de grupos fora da tecnologia a utilizaram, incluindo empresas de pequena dimensão e professores.
Nos EUA o apoio em termos de situações de lay-off tem sido deficiente e a maioria das soluções são na forma de grupos de procura de emprego no Facebook, em comunidades no Slack ou até uma simples folha de cálculo que inclui uma lista de pessoas para contratação. Mas, como refere Alexander Taub, “as pessoas querem que um lugar dedicado” não seja tão rígido, “porque é um pouco desconfortável pedir ajuda no Facebook”.