Airbnb adquire start-up e entra no mercado dos espaços de trabalho

A Airbnb adquiriu uma start-up dinamarquesa que permite arrendar espaços de trabalho e reuniões durante algumas horas.

A plataforma de hospitalidade pode, brevemente, tornar-se em mais do que isso. A Airbnb anunciou, no final da semana passada, a aquisição da Gaest.com, um marketplace online que permite fazer a reserva de espaços de reunião por apenas algumas horas.

No comunicado publicado no blog institucional, a start-up de Brian Chesky refere que tem algumas formas únicas de ajudar as empresas e os profissionais através da Airbnb for Work: soluções que vão para além do simples alojamento e que incluem team building, reuniões e realocações para clientes.

“Os profissionais podem passar mais de metade das suas horas ativas a trabalhar. As reuniões e eventos oferecem uma oportunidade única para a Airbnb resolver casos locais e apoiar inteiramente a nossa comunidade de profissionais diversificados”, escreve a empresa na publicação.

A start-up adquirida foi criada pelo dinamarquês Anders Mogensen em 2015. Da mesma forma que a plataforma de hospitalidade permite arrendar a casa a outras pessoas, a Gaest permite arrendar locais de trabalho. A operação está distribuída por seis continentes.

Os termos do negócio não foram revelados, mas sabe-se que o projeto do Norte da Europa já tinha recebido perto de três milhões de euros em investimento – distribuídos em quatro rondas seed – e que adquiriu a BokaRum, um concorrente sueco. A última ronda de investimento recebida pela Airbnb, em 2017, colocou-a com uma avaliação de 27 mil milhões de euros.

A aquisição revela também uma nova estratégia de crescimento por parte da plataforma. Com a nova entrada no mercado dos espaços de trabalho, a Airbnb vai competir diretamente com empresas como a The We Company (antiga WeWork), que apoia as pessoas que não têm um local de trabalho fixo.

A aquisição surge poucas semanas depois da empresa de Brian Chesky revelar que tem tido lucro nos últimos dois anos, numa altura em as start-ups tecnológicas de outras áreas – como a Uber – têm dificuldade em atingir o ponto de equilíbrio económico.

Relembre-se, ainda, que a Airbnb é uma das principais candidatas a um possível IPO (oferta pública inicial) durante 2019.

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