A trajetória da Vallis como investidor socialmente responsável e a aquisição da Smile.up
Lançou o seu segundo fundo de investimento com uma capitalização prevista de 150 milhões de euros e conta no seu portefólio com empresas nas áreas da agricultura, medicina, alimentação e beleza. No Spe Futuri, Investidores desta semana ficámos a conhecer melhor a trajetória da Vallis Capital Partners e uma das suas participadas dedicada à saúde oral, a Smile.up.
Leia alguns headlines:
Luís Santos Carvalho, cofundador e partner da Vallis Capital Partners
“Em termos de posicionamento, posicionamo-nos com o objetivo de lançar e gerir fundos de capital de risco, private equity, segundo as melhores práticas internacionais, ou seja, seguindo o modelo internacional com alinhamento nas sociedades gestoras com os investidores e com objetivos de rentabilidade compatíveis com os riscos associados a este tipo de investimento”.
“Ficámos muito satisfeitos porque conseguimos juntar um conjunto de investidores institucionais e também estrangeiros, incluindo o Fundo Europeu de Investimento para assegurar a capitalização do primeiro fundo com 75 milhões de euros”.
“O Fundo da Vallis de private equity é focado em crescimento e buyouts, através do qual tentamos ter posições maioritárias e de controlo das nossas participadas”.
“Adotámos uma política de investimento na qual se incluiu a aquisição da Smile.up em 100% ainda no primeiro fundo. Algo importante de referir é que todos os nossos fundos são investimentos sustentáveis porque nos revimos muito no conceito de sustentabilidade”.
“Fomos a primeira sociedade de investimentos portuguesa que subscreveu os Princípios para um Investimento Responsável [PRI – Principles for Responsible Investment] das Nações Unidas”.
“Estamos neste momento com sete empresas. Entretanto, já fizemos o exit [empresa adquirida por outra] de duas empresas: a CGC – um dos principais laboratórios de genética em Portugal – e a Vortal – plataforma de e-procurement que iniciou-se em Portugal, mas encaminhou por um processo de internacionalização bastante importante”.
“Depois do primeiro fundo subscrito em 75 milhões de euros, lançámos o segundo fundo, o Vallis Sustainable Investments II, temos como objetivo atingir uma capitalização de 150 milhões de euros. Estamos próximos, temos já 140 milhões e estamos a executar a estratégia de investimento”.
“A crise que estamos a viver agora é quase como que uma guerra mundial. É uma catástrofe que resulta de razões exógenas e não controláveis pelos negócios e isso reflete-se no conjunto e nas características dos apoios que até à data foram dados”.
“Esta crise pandémica no caso da RACLAC [empresa participada especializada na conceção, fabrico e comercialização de produtos descartáveis para a área da saúde, indústria e estética] teve efeitos muito positivos”.
Óscar Salamanca, CEO na Smile.up
“Sempre tivemos uma iniciativa ou um espírito que foi o de democratizar o acesso ao dentista. Por isso, quando a Vallis investiu, verificámos que era um investimento que implicava uma reestruturação. Até porque na altura falávamos do grupo 32 Senses que tinha três marcas: Advanced Oral Care, Smile-up e Alba e que se destinava a um segmento de luxo”.
“Houve um entendimento grande desde o início do caminho que deveríamos seguir. Passados 6 anos e meio, entende-se muito bem porque foi um caso de êxito. Neste momento seria muito arriscado. Poucas pessoas teriam dado este passo como a Vallis o deu de compra da Smile-up”.
“Foi um caminho complicado e não foi só o mudar uma marca, mas mudar também um estilo de modelo de negócio. Convertemos três modelos de negócio num. E aqui estamos seis anos depois e com grandes expetativas e com uma grande mudança”.
“Quando uma private equity entra num investimento deste estilo [o da Smile.up] é porque tem uma intenção clara de mudar o modelo de negócio”.
“Encontrámos no caminho muitas dificuldades, onde a Vallis participou de forma muito proativa. Eu sempre senti que a Vallis tem um estilo, eu sempre senti uma autonomia total. É obvio que no início quando não nos conhecíamos havia um acompanhamento mais de perto. Fazíamos reuniões de 15 em 15 dias. (…) Mas assim que há uma simbiose e conhecimento mútuo, há também confiança. Não se intrometem em nada na gestão diária”.
“No início desta pandemia não sabíamos como nos iria afetar. No nosso caso, estávamos em pleno crescimento, estávamos a ter os melhores resultados, com planos de expansão muito agressivos, estava a correr mesmo muito bem para Smile.up. Os melhores dias de faturação tinham sito dias antes do anúncio do confinamento e tivemos de encerrar as 55 clínicas que temos”.
“A partir do confinamento, tudo mudou completamente, adotámos uma estratégia de conservação de caixa (…). Foi crítico a intervenção da Vallis. Sem a sua intervenção teria sido impossível de outra forma conseguirmos os apoios que conseguimos, as ajudas, a eficiência financeira que conseguimos”.
Reveja as conversas anteriores:
António Murta, fundador e CEO da Pathena, e Renato Oliveira, fundador e CEO da eBankit.
João Brazão, CEO da Eureekka e business angel, e João Marques da Silva, CEO da CateringAssiste.
Francisco Horta e Costa, managing director da CBRE, e Ricardo Santos, CEO da start-up Heptasense.
João Arantes e Oliveira, fundador e partner da HCapital Partners, e Nuno Matos Sequeira, diretor da Solzaima.
Tim Vieira, CEO da Bravegeneration, e Pedro Lopes, fundador da Infinitebook.
Luís Manuel, diretor executivo da EDP Innovation, e Carlos Lei Santos, CEO e cofundador da HypeLabs.
António Miguel, fundador e CEO da MAZE, e Guilherme Guerra, fundador e CEO da Rnters.
João Amaro, Managing Partner da Inter-Risco, e Carlos Palhares, CEO da Mecwide.
Pedro Lourenço, administrador da Ideias Glaciares, e Pedro Almeida, fundador e CEO da MindProber.
Alexandre Santos, diretor de investimento na Sonae IM e cofundador da Bright Pixel, e João Aroso, cofundador e CEO da Advertio.
Francisco Ferreira Pinto, partner da Bynd Venture Capital, e Eduardo Freire Rodrigues, cofundador e CEO da UpHill.
Basílio Simões, business angel e fundador da Vega Ventures, e Gustavo Silva, cofundador e CMO da Homeit.
Manuel Tarré, presidente da Gelpeixe, e Nuno Melo, cofundador e sócio da Boost IT.
José Serra, fundador e managing partner da Olisipo Way, e Tocha Serra, Partner & Startup Spotter da Corpfolio.
Stephan Morais, fundador e diretor-geral da Indico Capital Partners, e André Jordão, CEO da Barkyn.
Ricardo Perdigão Henriques, CEO da Hovione Capital, e Nuno Prego Ramos, CEO da CellmAbs.
Pedro Ribeiro Santos, sócio da Armilar Venture Partners, e Jaime Jorge, CEO da Codacy.
Miguel Ribeiro Ferreira, investidor e chairman da Fonte Viva, e João Cortinhas, fundador e CEO da Swonkie.
Cíntia Mano, investidora que está ligada à REDangels e à COREangels Atlantic, e Marcelo Bastos, fundador da start-up Sizebay.
Diamantino Costa, cofundador da Ganexa Capital, e Nuno Almeida, CEO da Nourish Care.
David Malta, Venture Partner do fundo de investimento Vesalius Biocapital, e Daniela Seixas, CEO da TonicApp.
Sérgio Rodrigues, presidente da Invicta Angels, e Ivo Marinho, cofundador e CEO da StoresAce.
Alexandre Barbosa, Managing Partner da Faber, e Carlos Silva, cofundador da Seedrs.
Inês Sequeira, diretora da Casa do Impacto, e Nuno Brito Jorge, cofundador e CEO da GoParity.
Paulo Santos, managing partner da WiseNext, e Hugo Venâncio, CEO da Reatia.
João Matos, administrador executivo do dstgroup e presidente e CEO da 2bpartner, e Bruno Azevedo, CEO da AddVolt.
Luís Quaresma, partner da Iberis Capital, e Vasco Portugal, cofundador e CEO da Sensei.
Isabel Neves, business angel, e Rita Ribeiro da Silva, cofundadora da Skoach.
Pedro Tinoco Fraga, fundador da F3M e acionista da Braintrust, da BrainInvest e da BrainCapital, e César Martins, fundador e CEO da ChemiTek.
Roberto Branco, CEO da Beta Capital, e Luís Moreira, cofundador da Bullet Solutions.
Carlos Brazão, business angel,e Ricardo Mendes, cofundador da Vawlt Technologies.
Inês Lopo de Carvalho, partner da Crest Capital Partners , António Brum, diretor-geral do grupo Penta.