75% das empresas de serviços financeiros usam IA

Os dados são relativos ao Reino Unido e foram compilados pelo Banco da Inglaterra e pela Autoridade de Conduta Financeira. O relatório indica que ¾ das empresas estão a usar inteligência artificial.

O Banco da Inglaterra e a Autoridade de Conduta Financeira (Financial Conduct Authority –FCA, na sigla inglesa) publicaram recentemente um relatório conjunto que dá conta de que 75% das empresas financeiras já usam inteligência artificial (IA).

O facto da perceção pública acerca da IA ter aumentado depois da popularização do ChatGPT, “obrigou” as empresas a procurarem a utilizar IA nas propostas de produtos ou serviços que apresentam aos seus clientes, investindo significativamente nesta nova ferramenta tecnológica.

E, atualmente, constata o relatório, as empresas de serviços financeiros e as fintechs apesar de muito ativas no uso de IA e de machine learning (ML) vivem com a necessidade de terem de estar sempre a investir, sob pena de não acompanharem a evolução e ficarem para trás.

O relatório do Banco da Inglaterra e da Autoridade de Conduta Financeira a observa que 3/4 das empresas já estão a usar IA, e que 10% pretendem fazê-lo nos próximos três anos.

Uma percentagem significativamente superior aos valores de 2022, altura em que uma pesquisa semelhante indicava que apenas 58% das empresas de serviços financeiros estavam a usar inteligência artificial.

Entre os principais benefícios percecionados pelo uso da tecnologia, os dados apontam os serviços focados em insights analíticos, esforços da AML/antifraude e na segurança cibernética.

Quanto ao futuro, as empresas financeiras destacam ainda o efeito positivo da IA na eficiência operacional, na produtividade e nos custos. Por outro lado, manifestaram preocupações relacionadas com a privacidade de dados, a segurança e a qualidade das informações. Acresce ainda a dependências de terceiros, a complexidade e os “modelos ocultos” que podem tornar-se um problema nos próximos três anos. Ainda assim, a pesquisa revela, nos próximos três anos, o benefício percebido acerca da utilização da IA é 21% maior do que o risco percebido que ronda os 9%. Aliás, 84% das empresas inquiridas no relatório, afirmaram ter uma pessoa responsável pelo seu ecossistema de IA, enquanto 72% referiram que a liderança executiva é responsável pelos casos de uso de IA.

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