5 tendências que irão marcar o futuro do trabalho

Novas formas de contratar, escritórios que se tornam em espaço de eventos e um maior foco no bem-estar psicológico dos colaboradores são algumas das tendências que irão marcar o futuro do trabalho e que estiveram em debate num evento da Forbes, em Nova Iorque.

Os últimos anos mudaram tudo. Para as empresas. Para os líderes. Para os colaboradores. Agora, à medida que a poeira assenta, um facto torna-se claro: desde a tecnologia à própria dinâmica de relacionamento entre equipas e chefias, nada será como dantes.

Os desafios impostos pela pandemia e pelas temáticas do futuro do trabalho estão a estender-se muito para além do trabalho remoto e as empresas estão a redefinir a forma como capacitam, contratam e motivam os colaboradores.

Mas quais as mudanças que irão determinar o futuro do trabalho? A Future of Work Summit da Forbes reuniu, em Nova Iorque, diretores de recursos humanos norte-americanos, fundadores, inovadores e outros líderes que estão a ajudar a impulsionar uma mudança “sísmica” no mundo do trabalho e que debateram as principais tendências. Conheça-as neste artigo.

1. Novas formas de contratar
Os empregadores estão a redefinir a forma como encontram e desenvolvem potenciais funcionários, principalmente devido às opções de formação de formação online agora disponíveis. A falta de mão de obra e a diminuição das matrículas no ensino superior nos Estados Unidos fizeram com que muitos recrutadores tirassem o pré-requisito de escolaridade para os cargos disponíveis.

Além disso, estão a adotar meios alternativos para testar e formar talentos. Segundo a Forbes, “esta tendência  é, possivelmente, à prova da recessão económica porque a motivação para contratar é muito mais sobre justiça e inclusão – um desejo de abrir novas portas para indivíduos de grupos marginalizados prosperarem e competirem para cargos muito desejados”.

2. Líderes de recursos humanos são os melhores candidatos ao C-Level
Os cargos de recursos humanos estão a ser cada vez menos vistos como posições administrativas, principalmente pela maior procura por pessoas com experiência em recrutamento nos conselhos de direção e pelo aumento de pessoas com funções nas áreas de estratégia e sustentabilidade. Ser diretor de recursos humanos está a tornar-se um caminho mais comum para chegar ao cargo de CEO e assumir mais responsabilidades na empresa.

3. O que as pessoas esperam do trabalho está em constante mudança
É verdade que é preciso ganhar dinheiro, mas o desejo de se ter uma vida com propósito em qualquer área começou a ganhar dimensão. Gregg Spratto, presidente e diretor de Transformação da distribuidora norte-americana Magnit, argumentou durante o evento da Forbes a favor do facto de que muitos trabalhadores altamente qualificados estão a unir-se à “força de trabalho contingente” – aquela que escolhe estabelecer com os seus empregadores contratos temporários ou por um período de tempo específico. No entanto, são estes os primeiros a serem demitidos em períodos de dificuldades, o que significa que as empresas podem estar a cortar os seus talentos mais produtivos quando são os mais necessários.

4. O escritório está a tornar-se num espaço de eventos
Os empregadores estão a perceber os sinais dos setores de hotelaria e retalho que estão a tentar melhorar as experiências dos seus funcionários nos lugares de trabalho. Ao contrário dos espaços de coworking que se tornaram numa tendência antes da pandemia, a prioridade agora não é flexibilidade, mas sim construir coesão e engagment na equipa. Procurar colocar menos mesas e mais espaços que proporcionem atividades em grupo e reuniões, sem esquecer as preocupações com a sustentabilidade, é uma das opções.

5. Trabalho faz parte da revolução do bem-estar
O burnout é real e impossível de ser resolvido com apenas um período de férias do trabalho. Da democratização do coaching com plataformas como BetterUp às expectativas de líderes mais empáticos que falem sobre as suas experiências com a saúde mental, os empregadores devem focar-se no bem-estar psicológico dos seus colaboradores. Ter flexibilidade no trabalho é só o começo desta discussão.

Comentários

Artigos Relacionados