Entrevista/ 5 questões a Nuno Saraiva Ponte, diretor-geral da Via Senior
“Um gestor sem visão, sem uma perspetiva clara dos objetivos da empresa e dos stakeholders, nunca poderá ser um bom líder”, afirma Nuno Saraiva Ponte, diretor-geral da Via Senior.
A Via Senior é um portal, criado há três anos, que procura dar resposta às necessidades das famílias ao nível de residências seniores e lares de idosos, ao mesmo tempo que oferece informação de saúde, diversa e atualizada, de conselhos práticos para dia a dia deste target e um diretório alargado de serviços a seniores. Gestor com experiência nacional e internacional, o seu diretor geral, Nuno Saraiva Ponte, partilha a sua visão de aspetos tão importantes para a vida de um projeto, como a inovação e a liderança.
O que é para si inovação?
Inovação é dar o melhor serviço a cada momento aos clientes. Até pode passar por processos já definidos e de rotina, em indústrias maduras. Mas há sempre algo que se pode fazer a mais, de diferencial. Quando se acrescenta valor, quando se marca um posicionamento superior, está-se a inovar.
“(..) um líder sem capacidade de comunicação (…), não poderá envolver adequadamente a equipa, para que a empresa funcione bem (…)”.
Qual a competência fundamental para exercer a liderança nos dias de hoje?
Diria duas: visão e comunicação. Um gestor sem visão, sem uma perspetiva clara dos objetivos da empresa e dos stakeholders, nunca poderá ser um bom líder. Poderá, quando muito, ser um excelente executor. Por outro lado, um líder sem capacidade de comunicação, nomeadamente para com os seus colaboradores, também não poderá envolver adequadamente a equipa, para que a empresa funcione bem e de forma muito bem alinhada,
Uma ideia que gostava de implementar?
Para mim, a discrição é um valor fundamental para os empresários e gestores. Nesse sentido, alguns dos conceitos referidos acima, como visão de empresa e inovação devem ser amadurecidos e aplicados internamente, sem publicidade externa desnecessária. Até porque muitas das ideias serão experimentais e, ao não serem muitas vezes sequer aplicadas, ou aplicadas com sucesso, dariam à empresa uma imagem de alguma incerteza, desnecessária.
“Qualquer empresa deve dominar minimamente, e se possível de forma diferencial, uma área de negócio, ou parte dela”.
Que argumentos não devem faltar numa start-up para atrair investimento?
Qualquer empresa deve dominar minimamente, e se possível de forma diferencial, uma área de negócio, ou parte dela. Por outro lado, a equipa de gestão deve ser de confiança, pessoal e profissional. Um excelente profissional – que se confirma pelo seu track record, mas pouco transparente ou comprometido com o projeto não será um bom parceiro. Assim como uma excelente pessoa – que se confirma pelo conhecimento ao longo do tempo, mas com poucas capacidades técnicas ou provas dadas, tão pouco.
Erros que as start-ups nunca devem cometer?
Qualquer empresa irá sempre cometer diversos erros. As start-ups têm é a necessidade vital de cometer o menor número e com o menor custo (isto é investimento) possível, em tempo ou recursos económicos.