33 indústrias que podem sofrer alterações com a ascensão da condução autónoma

A introdução da condução autónoma em grande escala está longe de afetar apenas as fabricantes de carros. Conheça 33 indústrias que podem sofrer com a ascensão desta nova tecnologia.

A corrida das fabricantes de carros à condução autónoma tem rendido milhões de euros às start-ups. Entre estas marcas encontramos a Toyota, a aliança Renault-Nissan-Mitsubishi e a Volvo.

Este tipo de projetos tecnológicos são os mais beneficiados com a introdução desta tecnologia nas estradas. No entanto, há indústrias que podem vir a sofrer grandes alterações com a condução autónoma. Exemplo disso são as 33 que se seguem, que foram retiradas de um relatório da CB Insights.

Seguradoras: Com a evolução da condução autónoma, prevê-se que o número de acidentes diminua drasticamente. Isto pode potencialmente reduzir a procura dos planos mais abrangentes – e caros – das seguradoras (como os de riscos contra todos, por exemplo). Algumas seguradoras já se estão a antecipar a esta mudança e começam a lançar planos com base na utilização dos veículos.

Reparações: A evolução tecnológica vai permitir que os carros consigam fazer diagnósticos mais elaborados sobre os problemas. Esta informação pode ser valiosa para os condutores reduzirem o risco de grandes avarias. A consequência: diminuição da necessidade de fazer grandes reparações, o que prejudica o universo das oficinas automóveis.

Condutores profissionais: Este setor vai ser um dos mais penalizados. No futuro, quando todos os carros estiverem conectados entre si, a condução autónoma vai tirar postos de trabalho aos condutores profissionais e dar lugar a centrais de controlo.

Hotéis: A hotelaria também pode vir a ser penalizada. Segundo os analistas da CB Insights, o motivo para isso prende-se com a diminuição, em grandes viagens, das paragens para dormir.

Companhias aéreas: Os veículos autónomos vão tornar as viagens mais convenientes. Desta maneira, em viagens de média distância, as pessoas poderão acabar por optar pelos serviços de condução autónoma em vez das longas filas de espera dos aeroportos.

Peças automóveis: Segundo os analistas, os fabricantes de peças de automóveis tradicionais podem vir a ser substituídos por empresas com uma abordagem mais tecnológica a este setor.

Serviços de mobilidade: Apesar de, no futuro próximo, empresas de mobilidade, como a Uber e a Taxify, já não precisarem de pagar aos condutores, é provável que precisem de ser proprietárias dos carros.

Transportes públicos: Frotas de veículos autónomos vão conseguir abranger áreas que anteriormente não tinham acesso a este tipo de serviços. Isto traduz-se numa maior mobilidade das pessoas.

Parques de estacionamento: No futuro, as pessoas vão deixar de ser proprietárias dos carros e vão começar a alugar os serviços. Isto significa que vai deixar de haver necessidade de ter parques de estacionamento a ocupar tanto espaço.

Fast food: Segundo o Business Insider, 70% das receitas da McDonald’s são feitas através da janela do drive-thru. Os analistas da CB Insights acreditam que a condução autónoma vai penalizar este tipo de negócios, visto que as pessoas vão introduzir as coordenadas do seu destino sem fazerem estas paragens impulsivas.

Preparação e entrega de comida: Os veículos autónomos vão poder fazer entregas pelos restaurantes sem estes precisarem de contratar um motorista.

Energia e petróleo: Antevê-se uma grande queda da procura por combustíveis fósseis. A previsão aponta para que todos estes veículos sejam movidos a energia elétrica.

Imobiliário: A facilidade de deslocação vai trazer consigo uma mudança no mercado imobiliário. A antevisão é de que haja uma desvalorização do centro das cidades e um aumento de preço na habitação dos subúrbios.

Média e entretenimento: O facto de não precisar de estar atento à estrada vai abrir uma nova oportunidade para a indústria do entretenimento e da publicidade.

Entregas: Este setor vai sofrer alterações significativas. Deixará de haver procura por profissionais que façam este tipo de serviços.

Lojas de retalho físicas: A localização deste tipo de lojas vai deixar de ser importante, na medida em que as pessoas podem começar a utilizar o tempo da viagem para ler, conversar ou dormir, por exemplo.

Stands de automóveis: As pessoas vão deixar de comprar carros e vão passar a alugá-los. Os stands passarão a focar-se mais na componente B2B (business-to-business).

Oficina de mudança de óleo e lavagens de carros: Como as frotas de carros vão começar a ser controladas por empresas, a CB Insights prevê que estas comecem a fazer os cuidados básicos dos carros (como a limpeza e a mudança de óleo).

Saúde: As frotas de carros autónomos vão funcionar como locais de diagnóstico e de tratamentos básicos aos pacientes.

Resgates e serviços de emergência: Estes veículos vão poder chegar a pessoas que estejam em locais remotos ou de perigo sem colocar a vida dos profissionais em risco.

Escolas de condução: Este tipo de serviços pode vir a desaparecer, visto que a habilidade de conduzir um carro manualmente pode passar a ser um hobby (em vez de uma necessidade).

Planeamento urbano: A tecnologia vai originar a descentralização da densidade populacional nas grandes áreas urbanas.

Serviços de Internet: A CB Insights prevê que as operadoras de telecomunicações possam começar a “atacar” o espaço dos veículos autónomos.

Cibersegurança: As start-ups estão a inovar este espaço com o objetivo de manterem os veículos autónomos livres de quaisquer riscos de hack. Este espaço vai ganhar uma grande tração.

Trânsito: Partindo do princípio de que os carros estarão todos conectados, vai deixar de ser preciso haver sinalização de trânsito como semáforos, por exemplo. Além disto, estima-se uma redução no número de acidentes.

Fitness: Os carros podem tornar o tempo de viagem numa ida ao ginásio. A ideia foi passada por um engenheiro numa entrevista ao The New York Times.

Cuidados de idosos e crianças: As crianças vão começar a mover-se sem auxílio de empresas terceiras e os idosos vão ganhar mais mobilidade e, desta forma, melhorar a qualidade de vida.

Melhorias nos espaços de habitação: Descartando a necessidade de ter um carro pessoal, o espaço da garagem vai passar a ser utilizado para outros fins.

Processos em tribunal: Atualmente, 94% dos acidentes de carros estão diretamente ligados a erro humano. Isto vai diminuir o número de acidentes e, potencialmente, levar a uma redução do número de processos.

Operações militares: A adoção de veículos autónomos vai abrir novas portas para o desenvolvimento de armas de guerra.

Centros de informação e infraestruturas da Internet: A Intel estima que estes carros vão ser capazes de gerar quatro terabytes de informação por dia, o que se traduzirá na necessidade de criar mais centros de informação e redes de Internet mais robustas.

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