3 dicas para lidar com a comunicação em tempos de crise, segundo experiências com CEO

A forma como comunica com a sua equipa é crucial em períodos como o que vivemos atualmente. Saiba como deve agir em situações de maior tensão.

Nos momentos como os que estamos viver com a pandemia do novo coronavírus, a comunicação com os funcionários é um ponto fundamental para aqueles que ocupam posições de liderança.

Num artigo publicado no Inc., o escritor e fundador do FireMeIBegYou.com, Robbie Abed, reuniu três dicas formuladas a partir da experiência que teve com CEO e executivos. “Entendo que cada um lida com as crises de uma forma diferente. Mas há formas com as quais os líderes comunicam com as suas equipas que realmente se destacam das demais”, afirma o autor.

1. Quando tiver de anunciar más notícias, faça-o de uma vez só
Independentemente da hora ou do dia, ninguém quer receber notícias más. Por isso, é melhor fazer o anúncio rapidamente. “Esconder más notícias ou adiar decisões causa confusão e ansiedade em toda a equipa. E quando precisar que eles [funcionários] estejam mais focados do que nunca, vão passar o tempo a concentrar-se no desconhecido”, escreve Abed.

Por isso, o autor defende que, se precisar de demitir, faça-o “de uma vez” — em vez de fazer uma reunião para anunciar que haverá despedimentos e não contar na mesma ocasião quem irá deixar a equipa, por exemplo. Além disso, aproveite para falar do que se passará no futuro.

2. Mostre que está aberto para reunir com qualquer membro da equipa e a qualquer momento
“Quando as pessoas não têm certeza sobre o que está a acontecer nas suas vidas e carreiras, ficam agitadas e imprevisíveis”, escreve o empreendedor. Abed conta que teve um cliente que fez um ótimo trabalho a comunicar más notícias e especificou que estava aberto a telefonemas ou videochamadas a qualquer momento. “Ele até deu o seu número de telemóvel e e-mail para que todos pudessem entrar em contato, mesmo sem hora marcada. Como esperado, os funcionários falaram diretamente com ele, que pôde acalmá-los e redefinir expectativas”, exemplifica.

Numa experiência oposta, o empreendedor conta já ter visto executivos que comunicaram más notícias numa segunda-feira de manhã, mas sem especificar o que aconteceria com os empregados. Todos ficaram a pensar se perderiam os seus empregos ou se os salários seriam reduzidos, o que não foi esclarecido diretamente. Mas o maior erro, de acordo com Abed, foi o fato de os líderes não se mostrarem disponíveis para conversar. Assim, a semana foi improdutiva e marcada por muita ansiedade.

3. Negócios são negócios, mas as pessoas têm de estar sempre em primeiro lugar
A forma como um líder trata os seus empregados em tempos de crise determina quão leais serão, quão eficientes vão trabalhar e, por fim, o próprio sucesso da empresa, defende o autor.

“Para algumas empresas, os executivos fizeram reduções nos salários para evitar os despedimentos, e isso será  sempre apreciado. Agora é a hora de pensar no seu pessoal quando comunica claramente. Provavelmente estava na posição deles numa outra fase da sua vida, e agora não é hora de esquecer isso”, conclui.

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