Opinião

2017 já vai longo

Hugo Vaz de Oliveira, Head of Media & Partnerships da Beta-i

No mês passado, escrevemos um artigo onde se lia “os inícios de ano são, por excelência, espaços de reflexão, e este não é exceção”. Neste momento, e decorrido um mês, esse já me parece um espaço distante.

Mas pelos melhores motivos! Senão vejamos. Desde o início do ano, a Beta-i já anunciou, em parceria com a Fidelidade e a Fosun, o lançamento da segunda edição do Protechting, um acelerador inovador no setor dos Seguros e Saúde, que visa criar espaço para projetos inovadores em áreas como a proteção e prevenção, serviços e saúde.

O Protechting está assente na visão partilhada da Fidelidade e do Grupo Fosun, que define o empreendedorismo como uma fonte de inovação essencial para a construção das sociedades do futuro. Através deste programa, a Fidelidade e a Fosun pretendem, assim, estimular a criação de uma cultura de inovação, facilitando o acesso a recursos importantes para a evolução e concretização de ideias de negócio. Esta segunda edição do projeto compreende um programa de aceleração de 8 semanas. As inscrições duram até 12 de março de 2017. A fase de seleção terá, depois, lugar de 13 de março a 7 de abril e os 2 meses de aceleração decorrem entre o início de maio e julho de 2017.

Entretanto, chegou também ao fim a fase de candidaturas do ‘SIBS PayForward’, que viu chegar inscrições de dezenas de start-ups de 18 países diferentes e de 7 áreas de atividade no mercado dos serviços financeiros em torno dos pagamentos.

Isto só veio reforçar o caráter internacional do programa, já que, para além de Portugal, estão inscritas start-ups oriundas de países como a Colômbia, Egipto, França, Irlanda, Israel, Itália, Kuwait, Lituânia, Macedónia, Singapura, Espanha, Suécia, Reino Unido e Estados Unidos.

O ‘SIBS PayForward’ tem despertado o interesse de start-ups de várias áreas de atividade, nomeadamente da área de pagamentos e processos, fraude e monitorização, finanças pessoais e gestão de contas bancárias. Tal como pretendido, este programa tem atraído start-ups constituídas há cerca de 2 anos, com protótipo funcional, que podem ou não já ter utilizadores e vendas ativas.

Não contentes, avançamos também para uma parceria com a Tetuan Valley, com base em Madrid, com quem vamos juntar forças, no sentido de nos tornarmos na maior referência na Península Ibérica para programas de inovação e empreendedorismo. Esta parceria que reúne quase 15 anos de experiência, tendo visto passar cerca de 840 start-ups pelos seus programas, surge depois de vários anos de colaboração e projetos conjuntos, muitos dos quais sob a égide da Comissão Europeia.

Esta operação de fusão tem já alguns planos traçados para os próximos meses e vai centrar-se em 3 eixos: programas corporativos, programas de pré-aceleração e investimento em start-ups de Madrid. Um dos primeiros projetos a tirar partido desta aliança será um programa de aceleração da EDP, o ‘EDP Acceleration Program’. Este programa que dura 8 semanas e é dedicado apenas a start-ups espanholas, arrancou no início de fevereiro e estende-se até 25 de maio.

Por falar em talento, a Beta-i fez também uma parceria com European Innovation Academy (EIA), o maior programa de aceleração em inovação digital da Europa, estabeleceu uma parceria de longo termo, apontando para o mercado universitário.

Queremos mudar o mindset dos universitários e expandir competências, através de programas desenvolvidos em colaboração com as Universidades de Berkeley e Stanford e a Google.

A ideia é formar 100 equipas constituídas pelos melhores alunos de diversas nacionalidades e colocá-las a trabalhar num ecossistema internacional e diversificado, constituído por formadores, mentores e grandes empresas e investidores. Em 3 semanas, pretende-se criar 50 projetos de diferentes áreas, digitais nomeadamente smart devices, big data, IoT, impressão 3D, mobile e aplicações web, que possam ser apresentados aos investidores, que virão cá para esse efeito.

Ufff, venha março!

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