From-Start-to-Table: já são conhecidos os vencedores da aceleradora

Limonada, trabalho temporário e pequenos almoços ao domicílio. Foram ontem conhecidos os três vencedores do From-Start-to-Table, o programa de aceleração da área da restauração da Startup Lisboa.

O From-Start-to-Table chegou ao fim. O programa de aceleração da Startup Lisboa durou nova semanas e foi ontem, dia 11 de dezembro, que foram conhecidos os vencedores, no demo day da iniciativa.

O objetivo foi ajudar empreendedores a desenvolver projetos tanto na área da restauração, com novas ideias e propostas, como na área tecnológica, que apoiem os empreendedores que apostem nestes modelos de negócio mais tradicionais. Ao todo, foram mais de 100 candidaturas de 18 países diferentes, das quais foram selecionadas 22 start-ups (11 de cada área).

Destas, pouco mais de duas dezenas de projetos, que contaram com 36 participantes de nove nacionalidades diferentes, foram selecionados dois vencedores: um tecnológico e outro não-tecnológico. Ambos ganharam 10 mil euros (cada) e um vale de seis meses de incubação na Startup Lisboa.

Vencedor tecnológico: Tempjobs
Tiago Francisco criou um marketplace de trabalhadores independentes qualificados em tempo real, que surgiu de uma má experiência enquanto gestor de trabalhadores independentes. O objetivo é tornar a vida dos gestores e dos 22% de trabalhadores ativos em Portugal (que estão registados enquanto trabalhadores independentes) mais fácil.

Vencedor não tecnológico: Lemon’mate
Propõe a criação de uma bebida energética natural com certificação biológica e que é produzida em Portugal por Nils Schwentkowski, Stefanie Hunstock e Hendrik Raufmann, três amigos alemães que se mudaram para Portugal e que não encontravam um refrigerante que não fosse produzido artificialmente. Para 2019, a meta do projeto é vender 60 mil garrafas. Atualmente, estão à procura de 50 mil euros em investimento para desenvolver dois novos sabores.

 

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fantastic experience…thank you all, guys!!! @fromstart_to_table

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Houve ainda a condecoração da “melhor equipa” presente no programa de aceleração. Foi a Breadfast, que concorreu enquanto projeto tecnológico, que venceu esta categoria. A start-up criada por Mário Tarouca faz entregas de pequeno almoço ao domicílio, tendo como foco nos alojamentos locais. A Breadfast já participou na nossa secção de Oportunidades e no Garage Pitch 901 – uma iniciativa que contou com a organização do Link to Leaders. O projeto tem vendas desde o primeiro dia da sua fundação e chegou ao ponto de equilibro económico em setembro deste ano.

Restantes projetos não-tecnológicos

Beer Lab Lisbon: propõe a criação de um espaço onde o cliente pode ter uma experiência única de produção da sua própria cerveja artesanal com equipamento de alta qualidade.

Chillout Lounge: sugere a criação de um restaurante de alta tecnologia que oferece novas experiências e pratos de todo o mundo. Gerardo Samara, fundador do projeto, acredita que, dentro de cinco anos, estará presente em cinco países diferentes.

Garage Food Court: Este projeto pretende criar uma nova experiência de streetfood. A ideia é apostar na rotatividade de conceitos no mesmo espaço.

Gato Gelados: “Gelados saudáveis de sabor intenso ao ritmo da natureza.” Esta é a proposta de João Vaz, líder da Gato Gelados, um projeto que produz gelados com menos 35% de calorias e que já conta com um espaço físico. A previsão do fundador é que, em 2022, o projeto chegue à meta de um milhão de euros em receitas.

Glow: a ideia de Carine Lucas, líder do projeto, passa por ter um conceito físico de slow food para ser replicado em restaurantes digitais através de plataformas de entrega de refeições. O projeto não terá um serviço de entregas. Em vez disso, utilizará as plataformas já existentes, de forma a poder focar-se na qualidade e na rapidez. A fundadora quer abrir o primeiro restaurante em dezembro de 2019 e vai começar a contratar uma equipa daqui a 3 meses.

Kitchen Dates: Criar um nundo mais consciente, sustentável e saudável através de experiências inesquecíveis à volta da mesa. Esta é a missão dos dois cofundadores, Rui Catalão e Maria Antunes, que querem criar um negócio à volta de um conceito mais orgânico.

Mana & Manee: Criação de um restaurante no Porto inspirado em comida do sudeste asiático com um modelo de negócio baseado na experiência de restauração e workshops.

My Green Truck: Conceito de street food inspirado nos melhores sabores do mundo e 100% vegetal. A ideia de Pedro e Tamara, os dois cofundadores, é criar uma nova tendência entre os food trucks: a consciencialização da importância da sustentabilidade. O modelo de negócio vem tanto no formato B2C, com a venda direta ao cliente, como também em B2B, com a integração dos serviços em eventos privados.

O Ilegiítimo: From Farm to Table: Este projeto pretende criar um restaurante com show cooking e que conta, enquanto fornecedores, uma horta urbana criada com o objetivo de reduzir a pegada de carbono e trazer produtos biológicos para cima da mesa dos consumidores.

Tayybeh: Criado por Ramia Abdulghani, refugiada síria em Portugal, o Tayybeh é um restaurante recheado de esperanças e sonhos com base na cozinha histórica da Síria.

Restantes projetos tecnológicos

AppyFans: Plataforma de mobile marketing apoiada por inteligência artificial que junta as comunidades em torno das marcas globais de FMCG (fast moving consumer goods) que trabalham a área de food and beverages. A ideia é recolher dados para um conhecimento das jornadas dos clientes.

Avaliashop: Software multicanal que recolhe o feedback de clientes (em loja e online) e que os transforma em métricas que servem para uma análise de marketing, engajamento de clientes e programa de fidelidade. As avaliações às empresas são feitas no momento da transação de pagamento com um sistema que fornece pontuações para um painel online ou via app para dispositivos móveis.

Classihy: Reinventar os atuais sistemas de avaliação através de uma ferramenta de performance inteligente em tempo real. Esta é a proposta do português Miguel e da francesa Ariane.

Print Menu: Vânia e Ana Marta criaram a Print Menu, uma loja online dedicada à criação de produtos impressos personalizados, como um menu de restaurante. Mesmo sem experiência ou formação, este projeto deixa-o criar o seu design e personalizar qualquer produto em menos de cinco minutos.

Puzzletask: Plataforma de gestão de operações para o setor alimentar. Adalberto Rodrigues, criado do projeto, sugere que

TBM: Software de business intelligence direcionado aos negócios de restauração. O objetivo de José Ferreira, fundador da TBM, passa por simplificar a gestão de forma a esta ser acessível a todos os gestores da área da restauração, de forma a deixarem para trás as folhas de Excel e começar a utilizar uma plataforma que tem todas as soluções integradas.

Tuki: Este projeto tem como objetivo ajudar os donos dos restaurantes a encontrar as pessoas certas na área da restauração e hotelaria, tendo como foco especial melhorar a dinâmica das equipas.

VinciTables: Software-as-a-Service de gestão de restaurantes que permite antecipar o que o cliente final deseja, mesmo antes deste chegar ao local.

Zoomplog: Marketplace de entregas que conecta quem tem algo para entregar a estafetas disponíveis, de forma rápida, simples e segura.

Marta Miraldes, responsável pelo From-Start-to-Table, referiu que o objetivo era “diferenciar-nos e trazer uma comunidade de tech e non-tech e o mercado respondeu positivamente a esta estratégia. Mas o que nos deixa ainda mais orgulhosos é o facto de sabermos que há já negociações com vista à implementação de pilotos de vários projetos com entidades parceiras ou mentores, e captação de investimento de alguns projectos que participaram. Estou também muito contente com as parcerias que foram feitas entre projectos participantes”.

Do lado do Turismo de Portugal, main partner da iniciativa, Filipe Silva, administrador desta entidade, sublinhou que “tivemos aqui conceitos muito inovadores e muito bem preparados, o que revela que houve um bom trabalho da Startup Lisboa em termos de mentoria dos projectos, com pitch’s bastante consistentes com modelos de negócio bastante interessantes”.

Para além dos prémios entregues aos vencedores, todos os participantes vão poder usufruir de seis meses de quotas da AHRESP e os projetos non-tech terão a possibilidade de testar os seus conceitos, de forma gratuita e rotativa, num espaço no Mercado de Campo de Ourique.

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