“Workation”, o novo modelo de trabalho que junta trabalho e férias já adotado pelo Google
O colaborador pode trabalhar de forma remota ao mesmo tempo que viaja em qualquer lugar do mundo. É uma prática pontual com autorização da empresa. Este é o conceito do “Workation”.
Os novos modelos de trabalho que têm surgido, mundialmente, nos últimos anos continuam a surpreender. Teletrabalho, nómadas digitais ou trabalho híbrido são alguns exemplos implementados por muitas empresas pelo mundo fora, e aos quais se junta agora uma nova designação, o “workation”. Trata-se de um modelo de trabalho usado ocasionalmente e que permite que o colaborador possa viajar ao mesmo tempo que trabalha remotamente. Mas com uma particularidade: com autorização da empresa e em datas acordadas com esta. Em suma, é um registo diferente de um nómada digital que está por sua conta e risco a trabalhar remotamente sem ter de prestar contas a nenhuma entidade patronal, e muitas vezes sem uma residência fixa.
A modalidade “workation” – que resulta da conjugação em inglês das palavras work (trabalho) e vacation (férias) -, é vista como uma forma do profissional fazer uma pausa na rotina laboral, já que pode estar viajar para onde quiser, ao mesmo tempo que pode continuar a trabalhar de forma remota. Isto é, pontualmente, o colaborador tem a oportunidade de fazer viagens em datas previamente acordadas com a empresa, enquanto trabalha remotamente.
São inúmeros os exemplos de empresas que já enquadraram este modelo de trabalho na sua política de recursos humanos, permitindo que os trabalhadores combinem trabalho com viagens, seja apenas por alguns dias ou durante meses. É o caso do Google que oferece aos seus profissionais algumas semanas de trabalho “anywhere office”, do Citigroup e da American Express que disponibilizam este modelo de trabalho como benefício aos colaboradores, ou ainda da plataforma suíça IWG que, inclusivamente, registou um aumento na popularidade do “workation” entre os trabalhadores dos seus escritórios.
Esta tendência é mais uma forma de melhorar o equilíbrio entre o trabalho e a vida pessoal dos funcionários e aumentar atratividade dos empregadores.
E tal como no caso dos nómadas digitais, também existem localizações mais atrativas para se estar em “workation”. Uma pesquisa efetuada pela IWG, revela que as 10 cidades mais procurados pelos profissionais que estão neste registo são Barcelona (Espanha), seguida de Toronto (Canadá), Pequim (China), Milão (Itália), Nova Iorque (Estados Unidos), Rio de Janeiro (Brasil), Amesterdão (Países Baixos), Paris (França), Jacarta (Indonésia) e Lisboa (Portugal).