Três razões pelas quais o mundo precisa de mulheres empreendedoras e líderes

As mulheres estão em maioria na força de trabalho, mas numa marcada minoria nas posições de liderança. Conheça as razões que mostram como o mundo precisa de mais rostos femininos a liderar.
Os dados das Nações Unidas são claros. Apesar do maior envolvimento das mulheres em funções públicas de tomada de decisão, a igualdade está longe de ser uma realidade: as mulheres ocupam cerca de 21% dos cargos ministeriais em todo o mundo, apenas três países têm 50% ou mais mulheres no parlamento e 22 países são chefiados por uma mulher. No atual ritmo de progresso, a igualdade de género não será alcançada entre as chefias de Governo até 2150, daqui 130 anos.
Além disso, a violência contra as mulheres na vida pública é generalizada. Mulheres em funções de liderança lutam contra a falta de acesso a financiamento, ódio e violência online e normas discriminatórias e políticas de exclusão que tornam a ascensão na hierarquia ainda mais difícil.
Mesmo assim, as mulheres persistem e continuam a provar que, quando lideram, trazem mudanças transformadoras a comunidades inteiras e ao mundo em geral.
Conheça as três principais razões pelas quais precisamos de mais mulheres a empreender e a liderar, segundo o site norte-americana SWAAY.
1. A maioria das nações do mundo nunca teve uma mulher chefe de estado ou de governo
Ainda não há mulheres suficientes com assento à mesa. Sabia que apenas 7,4% das empresas da Fortune 100 têm CEO mulheres ou que as diretoras de cinema representam 4,8% dos filmes de maior bilheteria de Hollywood?
Não há histórias de mulheres suficientes a serem contadas a partir de uma perspetiva feminina. Precisamos que as mulheres partilhem as suas narrativas, experiências e vozes. As mulheres fazem as coisas de maneira diferente, muitas vezes são mais focadas no todo e mais colaborativas, aponta o SWAAY.
2. Só porque tem sido assim há milhares de anos, não significa que seja natural ou normal haver desigualdade de géneros
Se olharmos para os últimos 5 mil anos, verificamos que os homens foram colocados numa posição dianteira relativamente à mulheres em praticamente todas as culturas e sociedades em todo o mundo.
Nos nossos sistemas patriarcais, os homens conseguiram o melhor negócio e as instituições lideradas por homens dominaram as mulheres, especialmente na decisão de quem se casa com quem. Por exemplo, na Grécia Antiga, berço da democracia moderna, as mulheres não tinham direitos legais. Só os homens podiam participar nas assembleias. No entanto, na Europa celta havia mais equilíbrio entre os sexos. E se olharmos ainda mais para os períodos Paleolítico e Neolítico, havia um respeito pelo princípio feminino fértil.
Figuras de deusa grávidas e encorpadasm e figuras de deusa da fertilidade datam de há 25 mil anos. Na cultura aborígene e na cultura das Primeiras Nações da Austrália, era o relacionamento correto com a terra que informava sobre o relacionamento com as pessoas.
3. Líderes compassivos com inteligência emocional são essenciais para o funcionamento saudável da sociedade
O trabalho emocional e o trabalho doméstico das mulheres são desvalorizados em todo o mundo. É o tipo de trabalho que as mães assumem.
As mulheres em todo o mundo, em todas as culturas, precisam de ser homenageadas pelo seu contributo e precisamos de líderes que entendam a importância da compaixão e do bem-estar emocional.