Toys R Us encerra nos EUA – negócio em Portugal não estará em risco

A mítica cadeia de brinquedos Toys R Us vai dar continuidade ao processo de falência nos Estados Unidos. O negócio em Portugal parece não estar em risco, mas poderá ser vendido.
Depois de mais de 60 anos em funcionamento – e já tendo encerrado cerca de 100 lojas do Reino Unido -, a Toys R Us vai fechar operações no seu país de origem, os Estados Unidos. Segundo fonte do Washington Post, só nos Estados Unidos estarão em risco mais de 33 mil empregos. A notícia surge seis meses depois da multinacional norte-americana ter começado o processo de falência.
Em Portugal, a cadeia de brinquedos conta com 11 lojas. O Link to Leaders contactou algumas fontes da sucursal portuguesa e, segundo conseguimos apurar, os trabalhadores não receberam qualquer informação sobre o possível encerramento de portas. Um dos contactos chegou a afirmar que a cadeia se encontra de “boa saúde” e que, ao contrário dos Estados Unidos – onde o crescimento do e-commerce ocupou parte do mercado -, em Portugal, a sucursal não tem grandes competidores.
Recentemente, em resposta à crise que a multinacional atravessa, o diretor-geral da Toys R Us em Portugal, Espanha e França, Jean Charretteur, referiu em comunicado que a empresa está “a trabalhar em estreita colaboração com os assessores para definir medidas que nos permitam preservar a continuidade da nossa atividade em Portugal e Espanha, bem como os interesses dos nossos funcionários”. A cadeia de brinquedos inaugurou a sua entrada em Portugal em 1993, com duas lojas em Telheiras e Vila Nova de Gaia.
Nos Estados Unidos, a multinacional atingiu perto de 6,5 mil milhões de euros de dívida e procura um comprador para o negócio, desde setembro, que não foi bem-sucedida. O endividamento limitou a capacidade de investir em planos de crescimento, especialmente no que toca ao desenvolvimento da plataforma de comércio online.
Com o processo de bancarrota aprovado, a Toys R Us já obteve luz verde do tribunal para liquidar o inventário das mais de 700 lojas presentes nos Estados Unidos e para começar a reorganizar e vender operações no Canadá, Ásia e Europa Central, que inclui a Alemanha, Suíça e Áustria.
Segundo noticia a Bloomberg, a administração a está ainda a perceber o que pode fazer com as sucursais de Espanha, Portugal, Austrália, França e Polónia.