Start-up portuguesa Coverflex levanta cinco milhões em ronda pre-seed

A ronda foi liderada pelos investidores de capital de risco pan-europeus Breega e contou com a participação do Fundo 200M. A Covertlex, liderada por Miguel Santo Amaro, está a recrutar e pretende duplicar a equipa até ao final do ano.

A Coverflex, a solução de compensação flexível que permite às empresas reduzir os custos e maximizar o potencial de rendimento dos seus colaboradores, recebeu cinco milhões de euros numa ronda de investimento liderada pela Breega, contando também com o Fundo 200M e “outros investidores locais”, anunciou a empresa esta quarta-feira. Segundo a start-up,  esta é a maior ronda pre-seed [pré-primeira fase de investimento] feita alguma vez em Portugal.

Com este investimento, a plataforma digital de compensações quer expandir internacionalmente e “recrutar mais talento para as equipas de produto e engenharia”. O objetivo é “duplicar a equipa até ao final do ano”, principalmente as suas equipas de produto, engenharia e design. Atualmente, emprega cerca de 30 trabalhadores.

“A forma como trabalhamos está a mudar, mas a compensação — salário, bónus, equidade e benefícios — não tem evoluído ao longo de décadas. A atual abordagem rígida de ‘one-size-fits-all’ [uma só forma serve todos os propósitos] está ultrapassada e não consegue satisfazer as necessidades do mercado de trabalho moderno”, diz Miguel Santo Amaro, CEO e cofundador da Coverflex, que também foi cofundador da Uniplaces e, em 2017, foi distinguido pela Forbes na lista “30 Under 30 Europe”.

Em comunicado, os responsáveis da start-up dizem que vão mudar o mercado de pagamentos a trabalhadores com uma “solução de compensação flexível que permite às empresas reduzir os custos e maximizar o potencial de rendimento”.

Ao agregar múltiplos fornecedores, ajudando as empresas a cortar custos com benefícios fiscalmente eficientes e dando aos colaboradores mais valor — ao mesmo tempo que melhoram a sua literacia financeira pessoal acerca de compensação e benefícios –, a Coverflex está a transformar a compensação tradicional numa ferramenta que reforça as relações de trabalho”, refere a start-up.

Ben Marrel, cofundador do fundo Breega e membro da direção da Coverflex, diz que a start-up portuguesa vai ser um “game-changer” [revolucionária, que muda o paradigma, em português]. De acordo com Nuno Pinto, também cofundador da Coverflex, esta ronda de cinco milhões de euros “valida o modelo de negócio” que a startup criou.

A Coverflex foi fundada em 2019 por Luís Rocha (ex-TUI Musement), Miguel Santo Amaro (ex[1]Uniplaces), Nuno Pinto (ex-Kide) e Rui Carvalho (ex-Unbabel). Atualmente, os serviços da Coverflex já são utilizados por empresas como a PwC, a Bolt, a Emma – The Sleep Company, a Landing.Jobs, a Startup Lisboa, a Rows, a Paul Stricker, a Velocidi e a Unbabel.

 

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