Start-up nacional patenteia aplicação para proteção de dados médicos

A Mediceus patenteou uma aplicação que permite anonimizar dados de saúde. O consórcio que integra e que pretende exportar a solução vai candidatar-se a um apoio de 20 milhões de euros do PRR.
A Mediceus, start-up portuguesa na área dos dados de saúde liderada por Peter Villax, patenteou no Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI) uma solução informática que permite gerir dados de saúde, garantindo a desidentificação e o anonimato dos utentes.
A start-up que desenvolveu esta nova funcionalidade prepara agora a internacionalização, no âmbito de um consórcio que junta hospitais, empresas e universidades, e vai apresentar uma candidatura de investimento com um montante de 20 milhões de euros do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), explica a Mediceus em comunicado.
A nova funcionalidade assegura que os utentes acedam aos seus dados pessoais de saúde nos seus telemóveis, enviados pelos prestadores e gestores da informação, sem que seja possível à Mediceus de reidentificar os titulares.
Esta é a primeira patente de invenção da Mediceus, com a designação PT 115.479. A atribuição pelo INPI acontece apenas 20 meses depois do respetivo pedido ter sido feito.
Para Peter Villax, fundador da Mediceus, “as patentes que cobrem funcionalidades informáticas são difíceis de obter, e os examinadores do INPI colocaram numa fase inicial várias objeções pertinentes. Respondemos as essas objeções com modificações no texto da patente, que acabaram por ser aceites, levando a uma concessão muito rápida”.