Start-up de moedas virtuais prevê crescimento de 85 mil milhões de euros

A previsão foi feita por um cofundador de uma das start-ups com mais utilizadores do setor das moedas virtuais.

Com um crescimento nunca antes visto, sendo já referido como a próxima grande bolha, o mercado das moedas virtuais pode vir a crescer até 85 mil milhões de euros.

A afirmação é de Mike Belshe, cofundador e CEO da BitGo, uma carteira de moedas virtuais que é responsável por perto de 18% das transações feitas com bitcoins o que se traduz, segundo os dados da start-up, em perto de 6,8 mil milhões de euros mensais.

Fundada em 2013 em Palo Alto, na Califórnia, a BitGo ajuda os clientes a assegurarem os seus ativos digitais. Com o mercado das moedas virtuais a crescer, também as empresas que trabalham no setor têm ganho visibilidade.

A start-up de Mike Belshe é um bom exemplo disso. Na semana passada, a BitGo fechou uma ronda de investimentos de série B onde conseguiu angariar 35 milhões de euros, o que perfaz um total de 46 milhões de euros angariados desde 2013.

Neste momento, a BitGo trabalha, essencialmente, com sete tipos de moedas virtuais: Bitcoin, Ethereum, Ripple, Litecoin, Bitcoin Cash, Bitcoin Gold e Royal Mint Gold.

Em esclarecimentos à publicação norte-americana Fortune, Belsh explicou que “há obviamente um interesse tremendo e procura por moedas virtuais”. Os números de sites como o Coindesk não enganam: em apenas um ano, a moeda viu o seu valor aumentar mais de 1000%, atingindo valores recorde.

Há apenas um ano, a moeda valia apenas 650 euros, o que significa que se tivesse investido 10 mil euros nesta moeda na altura, hoje, esse investimento valeria 130 mil euros. Os poucos visionários que investiram cedo conseguiram criar fortunas à custa desta nova moeda de troca. “Apercebemo-nos há muito tempo de que a tecnologia blockchain e as moedas virtuais vão mudar a maneira como agimos financeiramente”, acrescentou Belsh.

O fundador da BitGo prevê que, nos próximos anos, os investidores institucionais comecem a entrar no mercado com milhares de milhões de euros, o que, eventualmente, poderá tornar moedas como o bitcoin ainda mais valiosas. Esta previsão poderá significar, segundo Belsh, um aumento significativo do valor do mercado e o empreendedor estima que no próximo ano o mercado aumente entre os 25 e os 85 mil milhões de euros.

É importante referir que o atual cenário do mercado das moedas virtuais poderá ser a próxima grande bolha. A China, que já deteve mais de 90% do mercado das cryptocurrencies, foi um dos primeiros países a tornar esta ideia pública e a banir as transações deste género.