Start-up iLoF angaria cinco milhões para acelerar luta conta Alzheimer, cancro e outras doenças

A start-up do Porto anunciou, esta quinta-feira, a captação de mais cinco milhões de dólares (4,94 milhões de euros) de investimento. Esta segunda ronda de investimento foi liderada pela Faber e conta com um fundo detido pela Microsoft e investimento da Osram e de outras empresas.
A iLoF anuncia uma nova ronda de cinco milhões de dólares (4,94 milhões de euros) em financiamento para apoiar a sua visão de democratizar o acesso à medicina personalizada para milhões de pessoas que vivem com doenças complexas.
Atualmente, a plataforma da start-up do Porto está a angariar grandes quantidades de dados para construir uma biblioteca de perfis biológicos, reunindo físicos, biólogos e cientistas de dados de classe mundial na busca de uma nova forma de desenvolver tratamentos personalizados e identificar perfis biológicos que possam salvar vidas a pacientes em todo mundo, explica a iLoF em comunicado.
Liderada pela sociedade de capital de risco portuguesa Faber, a injeção de capital também contou com os fundos norte-americanos M12 (capital de risco da Microsoft) e Quiet Captal, além dos europeus Lunar Ventures, Alter Venture Partners, re.Mind Capital, Fluxunit e ams Osram. A título individual participaram Charlie Songhurst, ex-diretor geral da Microsoft, e a Berggruen Holdings, do filantropo Nicolas Berggruen.
Este financiamento será usado para acelerar compromissos atuais com algumas das principais empresas globais no espaço farmacêutico, biotecnológico e clínico, tendo como objetivo acelerar pilotos correntes e futuros e agilizar o desenvolvimento da plataforma.
Luis Valente, cofundador e CEO da iLoF, afirmou que “a visão de longo-prazo é crescer a nossa biblioteca digital de biomarcadores e colocá-la ao serviço dos pacientes, através de uma plataforma inovadora de triagem de doenças. Para além de apoiar investigadores e cientistas, colocar esta ferramenta ao serviço de pacientes em todo o mundo, aprofundando a nossa compreensão das doenças e ajudando os clínicos a detectar algumas das doenças mais graves e mortais do mundo, como cancro do ovário, ou a doença de Alzheimer”.
A plataforma da iLoF faz uso de uma ampla gama de sinais óticos, criando assim assinaturas ricas do conjunto de partículas em amostras biológicas, que são depois convertidas em réplicas biodigitais. Estas réplicas superam largamente os limites tradicionais da análise bioquímica, pelo facto de poderem ser reanalisadas um número potencialmente infinito de vezes. Com isto, é possível acelerar exponencialmente a busca por novos padrões moleculares e clínicos, o que pode ser a chave para o desenvolvimento de novas terapêuticas eficazes, ou para um diagnóstico mais preciso de pacientes.
Até 2023, a equipa prevê contratar mais de 20 pessoas, em perfis de física, ciência de dados, biologia e gestão de produto.
No total, a empresa já arrecadou mais de 8 milhões de dólares (7,8 milhões de euros) em financiamento até o momento.