Start-up do mês: Skizo que faz máscaras com plástico tirado do mar

Este mês lançámos o desafio ao Parque de Ciência e Tecnologia da Universidade do Porto (UPTEC) de eleger a start-up do mês. A escolhida foi a Skizo que está a utilizar plástico encontrado no oceano para produzir máscaras de uso profissional e comunitárias certificadas. Uma nova aposta que se junta ao calçado personalizado e às bolsas ecológicas.

Nome da start-up: Skizo

Fundadores: Andreia Coutinho e André Facote

Atividade: A Skizo recolhe, com a ajuda de pescadores, plástico diretamente do oceano que, posteriormente, é transformado em têxtil e que, por fim, é utilizado para a produção de sapatilhas personalizáveis por demanda e  para a confeção de máscaras comunitárias por costureiras locais, e de malas por um atelier dentro de uma associação de apoio a pessoas com deficiência mental.

Volume de negócios: No último ano, atingiu uma faturação média anual de 100 mil euros, que, segundo os cofundadores, se deve ao facto de terem alargado o número de produtos.

Plano de negócios: “O nosso plano de negócios foi cuidadosa e estrategicamente delineado desde o início da Skizo, quisemos trazer para o mercado uma solução (quanto ao problema da poluição no oceano). Desta forma solucionamos um problema e transformamo-lo num produto único no mercado e na comunidade. Somos pioneiros na produção de produtos com plástico recolhido do Oceano transformado em têxtil, temos um negócio escalável, uma vez que poderemos fazer qualquer produto com o nosso têxtil”, explica André Facote ao Link To Leaders.

Ainda segundo o cofundador da Skizo, “dentro do nosso plano todas as nossas ações visam o impacto ambiental e social, tal como a escolha de não termos stock não só por motivos de poupança de energia e ambiental, como também no que toca a nível de investimento. Produzimos por demanda, mediante a necessidade do consumidor, sem pressão de stocks, enquadrando-nos desta forma totalmente no mercado slow fashion. O facto de não termos stock confere a possibilidade de milhares de combinações possíveis nas nossas sapatilhas e uma qualidade superior por serem precisamente confecionadas uma a uma”.

Porque merece destaque:  Para Facote, “todas as suas características fazem da Skizo uma das marcas mais sustentáveis criadas até então. Desde a sua génese, transformando lixo em vida, trazendo valor para a comunidade, até ao facto de não sermos um produto de compra por impulso e por todos os nossos clientes serem heróis e serem informados em todas as compras do equivalente de número de garrafas de plástico que ajudaram a retirar diretamente do oceano”.

Desde março de 2019, a Skizo já retirou mais de 2 toneladas de plástico do Oceano Atlântico, do mar Mediterrâneo e do mar de Java. Um par de sapatilhas equivale a 36 garrafas de plástico do oceano.

Site: https://skizoshoes.com/

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